Igreja Católica preocupada com a militarização da Venezuela

Os Bispos católicos da Venezuela manifestaram a sua preocupação com a militarização do país e com a perseguição dos críticos do regime do presidente Hugo Chávez. “A Venezuela presencia com espanto e desaprovação a promoção de um ambiente belicista e a militarização da nossa sociedade, incluindo a criação de milícias civis”, disse o Bispo Ovidio Perez, ao apresentar a “exortação colectiva” do Episcopado venezuelano, no final da sua LXXXVI Assembleia Plenária Ordinária. O documento fala num quadro geral de violência generalizada, no país, criticando o governo por apresentar um “discurso contra a violência”, com planos de desarmamento para a população e, por outro lado, “treinar jovens e adolescente no uso de armas”. Mais de 30% das vítimas de homicídios, na Venezuela, são jovens entre os 15 e os 29 anos, e esta é a primeira causa de morte para a referida faixa etária. A média de crianças assassinadas no país é de 42 por mês. Segundo a Conferência Episcopal Venezuelana (CEV) “o militarismo, o excesso de armas, os abusos policiais e a impunidade” têm gerado um clima de “sobressalto” nos cidadãos, impedindo-os de exercer a sua “legítima capacidade de protesto”. A CEV condena ainda a “perseguição e discriminação por discrepância ideológicas” com o regime de Chávez, incluindo a prisão de opositores por “actividades ligadas às suas posições políticas”.

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