Expulsão do Conselho Escolar motiva campanha de protesto Depois dos bispos espanhóis terem contestado o projecto do governo sobre as uniões homossexuais, a Igreja Católica volta a estar em oposição a Zapatero, agora por causa da súbita expulsão da Federação Espanhola de Religiosos do Ensino (FERE), que representa a maior parte dos titulares dos centros educativos em Espanha, do Conselho Escolar do Estado. A plataforma cívica Hazte Oír.org lançou uma campanha electrónica de protesto, recordando que “desde a constituição do Conselho Escolar do Estado em meados dos anos 80 por um governo socialista, a FERE faz parte do grupo de personalidades de reconhecido prestígio”. “HazteOír.org” alerta que “com a expulsão da FERE deste órgão, não se tem em conta uma quarta parte do total do sistema educativo de Espanha]e cerceia-se a representatividade deste órgão”. A FERE e a organização “Educação e Gestão” (EyG) xriticaram ontem, em declarações à Veritas, a explicação oferecida pelo Ministério de Educação para justificar a expulsão de Manuel de Castro, secretário-geral de FERE, do Conselho Escolar. O Ministério teria afirmado que o processo de fusão que a FERE e a EyG estão a levar a cabo permitiria que houvesse um só representante de ambas as instituições no Conselho Escolar. Emilio Díaz, assessor jurídico da FERE, refere que “esta Federação é um órgão de direito canónico que agrupa as entidades culturais dos centros católicos, o seu objectivo é representar os titulares destes centros nos âmbitos culturais e de educação”. Por outro lado, “Educação e Gestão” é uma organização patronal, empresarial, “constituída em 1989 graças à Lei orgânica de Liberdade Sindical de 1985, cujo objectivo é defender os interesses empresariais dos centros educativos católicos”, acrescentou. A Confederação Católica de Associações de Pais (CONCAPA) também criticou em comunicado o modo como se levou a cabo o corte de oito membros do Conselho Escolar do Estado. Segundo a CONCAPA, alguns dos cortes, são um castigo para quem se manifestou “contra medidas propostas ou adoptadas pelo governo”. Notícias relacionadas • Bispos espanhóis contestam projecto do governo sobre as uniões homossexuais
