Igreja Católica apoia vítimas do sismo no Haiti

Organizações ligadas à Cáritas apelam ao envio de donativos

“Uma enorme catástrofe”: é com estas palavras que a Cáritas Italiana descreve o violentíssimo sismo que ocorreu ontem em Port-au-Prince, capital do Haiti, provocando milhares de vítimas e danos em várias infra-estruturas essenciais da cidade.

Apesar de não existirem ainda dados oficiais, receia-se que centenas de pessoas tenham morrido na sequência do tremor de terra, que provocou a destruição de inúmeros edifícios. Estima-se que haja muitos soterrados nos escombros, fala-se em centenas de feridos e sabe-se que milhares ficaram desalojados na sequência do abalo, que durou quase um minuto.

Paolo Beccegato, responsável pelo departamento internacional da Cáritas de Itália, visitou o Haiti há cerca de um ano. Em declarações à Agência SIR, recorda “a pobreza impressionante” e as fracas condições dos meios de comunicação: “os telefones funcionavam mal, as estradas eram impraticáveis”. “Será muito difícil organizar a ajuda”, lamenta.

A Secours Catholique, associação católica francesa de luta contra a pobreza, lançou também um apelo ao envio de bens para aquele país das Caraíbas.

“A maior parte dos produtos de primeira necessidade (ajuda alimentar, produtos de higiene, medicamentos) e materiais necessários à reconstrução serão adquiridos na região, a fim de limitar os custos de transporte e de armazenamento, auxiliando igualmente a economia local fragilizada por esta catástrofe”, indica a organização não-governamental.

Ambas as organizações já disponibilizaram contas bancárias para o depósito de donativos (Cáritas Italiana, Secours Catholique).

A Fundação à Igreja que Sofre já decidiu o envio de um fundo de emergência, logo que seja possível contactar os bispos e o núncio apostólico no Haiti. A secção portuguesa desta Organização está a preparar uma campanha de recolha de fundos, que chegará aos seus benfeitores até ao fim desta semana.

O Haiti é o país mais pobre do hemisfério ocidental: 80 por cento da população vive abaixo do limiar da pobreza, com acesso a menos de dois dólares por dia. A capital alberga entre dois a três milhões de pessoas, agrupadas em bairros de lata. Outros seis milhões estão dispersos pelo resto do país, sobrevivendo sobretudo da agricultura de subsistência. Uma severa desflorestação deixou o Haiti com apenas dois por cento do seu coberto vegetal.

Com Agências

Foto: rua de Port-au-Prince após o sismo.

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Agência ECCLESIA

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