Igreja: Católica algarvia parte em missão para a China

Helena Merlin vai integrar comunidade do Caminho Neocatecumenal

Faro, 26 mai 2015 (Ecclesia) – A leiga Helena Merlin, da Diocese do Algarve, vai participar numa missão na China, integrada numa comunidade do Caminho Neocatecumenal durante um ano, e parte sem “expectativas” admitindo que estava disponível para ir para “qualquer parte do mundo”.

“O que interessa é estarmos disponíveis para fazer a vontade de Deus. Quando estamos disponíveis, estamos para qualquer parte do mundo fosse a China ou outro sítio qualquer. Perguntaram-me se queria ir e disse que sim”, explicou ao jornal diocesano ‘Folha do Domingo’.

A leiga algarvia disse estar “preparada para tudo” destacando que a preparação é a “caminhada” que fez com a sua comunidade e pode prolongar a missão para além do ano que está estabelecido.

Helena Merlin assinala que vai para se “converter e fazer a vontade de Deus”, partindo sem “expectativa nenhuma” vai “viver o dia-a-dia e ver o que acontece”.

“Tenho a certeza que é através deste Espírito Santo que é possível fazer isto, porque sozinha, pelas minhas forças, não era capaz”, acrescentou a professora de Artes Visuais, que foi enviada na Eucaristia de Pentecostes.

A missionária portuguesa vai trabalhar com comunidades católicas e outras não-cristãs na China em colaboração com famílias do Caminho Neocatecumenal que foram enviadas pelo Papa Francisco, a 6 de março.

Helena Merlin revelou que sentiu o “chamamento” para a missão num dos encontros vocacionais com o fundador do Caminho Neocatecumenal, o pintor e músico Kiko Argüello, há seis anos.

A futura missionária recordou que recebeu os sacramentos de iniciação cristã – batismo; primeira comunhão e crisma – no Caminho Neocatecumenal, ao qual a mãe já pertencia, mas depois experimentou “outras realidades”.

“Afastei-me à procura da felicidade fora da Igreja, onde a maioria dos jovens a procura – no divertimento e na noite –, mas vi que isso não me dava felicidade. Senti-me um pouco destruída e com uma crise de identidade e só a Igreja voltou a dar respostas e fez-me sentir bem”, contou.

Aos 37 anos aconselha os jovens que “não se deixem enganar pelas coisas do mundo” e se sentiram interpelados pela missão que “abram o coração”.

No momento do envio, o bispo do Algarve assinalou que “todos” devem sentir-se enviados.

“Se não é para longe, para perto, para as nossas famílias, para as nossas casas, para as nossas paróquias, para os lugares do nosso trabalho e estudo. Para quê? Para ser sinal de Cristo”, frisou D. Manuel Quintas.

O prelado disse que a missionária é uma “mensageira da paz” que “vai dedicar” alguns anos da sua vida ao serviço dos mais necessitados e pediu-lhe que “nunca seja vencida pelo cansaço ou pelo desânimo”.

“Podes ter dificuldade em falar em mandarim, mas seguramente, por tudo o que hoje celebrámos, não terás dificuldade em falar a linguagem do amor, do espírito, através dos teus gestos e atitudes, e, sobretudo, do teu serviço. Esses gestos e essa linguagem certamente serão fecundos na tua dedicação e doação aos outros”, afirmou D. Manuel Quintas, que entregou uma cruz de madeira que a missionária colocou ao pescoço.

O Caminho Neocatecumenal nasceu há 50 anos em Espanha, por iniciativa de Kiko Argüello e da missionária Carmen Hernández e é reconhecido pela Igreja Católica como um itinerário católico de formação para os dias de hoje.

FD/CB/OC

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