Igreja: Catequese aproxima pais e comunidades paroquiais

Histórias de celebrações e encontros em destaque no programa ECCLESIA na Antena 1

Lisboa, 27 mai 2013 (Ecclesia) – As celebrações do final de ano catequético, que se multiplicam por estes dias em todo o país, são momentos de aproximação entre os membros das comunidades católicas, a começar pelos mais novos.

Leonor Rodrigues, de oito anos, recorda com excitação o momento em que vestiu o mesmo vestido que a sua irmã Cecília usou no dia da sua primeira comunhão.

“Ela desde pequena que vem connosco às celebrações e participa no canto, nas orações mas não podia comungar”, explica à Agência ECCLESIA, Maria Fernanda Rodrigues, catequista há 31 anos na Paróquia de São Julião, Patriarcado de Lisboa, e mãe da Leonor que recentemente celebrou a primeira comunhão, celebração religiosa em que os participantes recebem pela primeira vez a hóstia consagrada que os cristãos acreditam ser o corpo de Jesus.

A pequena Leonor, no terceiro ano da catequese, fala num momento de “grande alegria” pela consciência da “etapa muito grande na vida cristã” que estava a viver e recorda, após a comunhão, ter regressado ao seu lugar na igreja para “rezar e pedir por alguém que precise muito”.

Semelhante sentimento teve Maria Viana Machado quando depois de receber a primeira comunhão, na paróquia de Oeiras, regressou ao seu lugar para “agradecer a Deus” por lhe ter dado uma “proteção que é ainda mais forte”.

“A seguir à primeira comunhão quero continuar, porque quero conhecer mais Jesus e as suas histórias, indo à missa sentindo mais o que ele nos quer transmitir e também porque me sinto mais próxima dele”, explica perante o olhar dos pais Gonçalo e Alexandra Viana Machado que desde cedo procuraram que os seus filhos, Maria e António, recebessem valores cristãos na sua formação.

“A falta de tempo é o nosso defeito”, assume a mãe Alexandra mas explica o esforço que a família faz para “ir à missa todos os domingos, animar a eucaristia da catequese, rezar nas refeições”, para que “eles vendo esse testemunho, ganham gosto em participar nas atividades da paróquia”.

A importância da vivência familiar na formação catequética das crianças é percetível também nas declarações do pároco de Moscavide, José Fernando Ferreira, que no próximo domingo vai dar a primeira comunhão a 30 crianças.

“Muitos pais afastaram-se da Igreja em pequenos mas regressam para pedir a catequese para os seus filhos e acabam por ser mesmo eles a receber formação”, traduz o sacerdote que nesta comunidade do patriarcado de Lisboa tem recebido pedidos de pais que se querem casar pela Igreja “porque acabam evangelizados pelos seus filhos”.

O diácono permanente João Jerónimo, destacado para o apoio à Paróquia de Carcavelos e responsável pela equipa que coordena a catequese nesta comunidade diz que quem não investir na formação dos mais pequenos vai “envelhecer e ficar estéril”.

“Temos muitas ferramentas mas não sabemos comunicar e a catequista, mais do que conhecimentos, tem de ter paixão por Jesus porque a criança tem o coração aberto e disponível e, se bem acolhida, ela e os seus pais vão permanecer na comunidade”.

O acolhimento é a palavra-chave no regresso de Raquel Dias à Igreja, depois de 20 anos afastada da fé.

“Fui desafiada pela minha irmã para participar na celebração das bem-aventuranças da sobrinha, resolvi ir e, ao contrário do que eu me lembrava, a homilia do sacerdote era mais virada para o amor e para a esperança”, explica.

Recentemente celebrou o sacramento do crisma depois de uma decisão “madura e em liberdade”, convicta de querer aprofundar a sua fé e o seu lugar na Igreja, mais concretamente numa paróquia que a acolheu: “Quando somos recebidos assim é difícil não querermos dar algo de nós de volta”.

Ao longo desta semana o programa ECCLESIA na Antena 1 da rádio pública (22h45) dá-lhe conta das dinâmicas paroquiais a partir das festas da catequese.

LS/OC

 

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