A Igreja no Brasil criticou duramente o presidente Lula da Silva por defender o uso dos preservativos e por ter insinuado que a Igreja e a família são hipócritas a esse respeito. Numa nota difundida pela Comissão Episcopal Vida e Família a Igreja do país da América latina afirma “não estar de acordo com a forma como o senhor presidente da República Luís Inácio Lula da Silva abordou, no Rio de Janeiro, o problema do uso dos preservativos”. “A posição da Igreja é clara. Sempre o foi. Não mudou, nem mudará”, ao opor-se ao uso dos preservativos, assinala a nota. «Não vamos repetir continuamente o nosso parecer a este respeito. A forma de educar os nossos adolescentes e jovens não pode basear-se na permissividade, incitando-os a um comportamento desregrado”, pode ler-se na nota. Ao invés, “precisamos educá-los em bons princípios consistentes”, indica a nota episcopal. “Esta orientação corresponde em primeiro lugar aos pais. O filho encontra na família a primeira e mais importante fonte de informação desses princípios e valores humanos. Quando os pais actuam assim, não estão a ser hipócritas. E a Igreja defende os direitos originais dos pais”. “Não somos hipócritas. Nem o fomos. Nem o seremos. Somos coerentes”, conclui a nota de Vida e Família. No dia 7 de Março, Lula chamou a Igreja de hipócrita em temas de sexo e uso do preservativo, sugerindo que não tem muito sentido impedir que os jovens tenham relações sexuais, porque “o sexo é uma coisa que quase todo o mundo gosta e é uma necessidade”. “Digo hipocrisia porque muitas vezes deixamos de debater os temas como deve ser por puro preconceito, porque a minha mãe não gosta, o pai não gosta, a Igreja não gosta”, afirmou Lula. O Brasil tem uma política activa contra a Sida e prevenção da gravidez entre os jovens, que se traduz numa massiva e gratuita distribuição de preservativos, além de facilitar outros métodos anticoncepcionais. No Carnaval fez-se uma distribuição massiva de preservativos gratuitos na cidade do Rio de Janeiro. Com Agência Zenit
