Igreja bracarense mostra riqueza artística

Na exposição «Raízes de Eternidade: Jesus Cristo – Uma Igreja» do Tesouro-Museu da Sé O Tesouro-Museu da Sé de Braga foi ampliado e sofreu grandes remodelações. Na festa da nova etapa – dia 30 de Março – deu-se também a inauguração da exposição permanente «Raízes de Eternidade: Jesus Cristo – Uma Igreja». O Cón. Pio Gonçalo, Director do Tesouro-Museu da Sé de Braga, declarou que a exposição “tem peças seleccionadas e organizadas tematicamente”. Organizada em dois núcleos – um centrado em Jesus Cristo e o outro centrado na história da Igreja de Braga – a exposição “é um catecismo vivo” – realçou. E adianta: “colocamos nas mãos dos visitantes um guião escrito onde, de sala a sala, apresenta os conteúdos”. No núcleo sobre Jesus Cristo, as obras de arte falam da Anunciação, Natividade, Infância, Paixão e Morte e dos Mistérios Gloriosos. Com muitos séculos de história, a Igreja bracarense também tem o seu espaço no Tesouro-Museu da Sé de Braga. “Seguimos a cronologia dos arcebispos e começamos com um túmulo romano-cristão (do século V/VI)” – disse o Cón. Pio Gonçalo. Nesta área existe ainda uma peça que faz referência à “figura lendária” de S. Pedro de Rates. Neste caminho histórico, a exposição mostra também peças sobre S. Martinho de Dume, S. Frutuoso e S. Geraldo. O núcleo dedicado à Igreja bracarense é complementado com uma secção dedicada à ourivesaria. “Peças em ouro, prata ou materiais nobres relacionadas com o culto” – disse. A Paramentaria também têm o seu espaço. De todas as obras patentes ao público “não é fácil destacar uma”. “Fizemos uma selecção para mostrar o melhor”. Na «Raízes de Eternidade: Jesus Cristo – Uma Igreja» pretende-se utilizar as peças para “falar de conteúdos cristológicos ou históricos”. Neste percurso utiliza-se as diferentes linguagens artísticas: “estatutária, pintura e lítica”. A nova evangelização passa também pela arte sacra. “Esta é uma das funções primordiais dos tesouros que a Igreja dispõe” – afirmou o director. Com a ampliação do museu, o espaço ficou com cerca de 2200 metros quadrados de área coberta. Todo o projecto foi pensado de raiz e esteve em execução durante quatro anos. “Foi complicado porque a zona de expansão está situada numa local sensível” – confidenciou o Cón Pio Gonçalo. Um trabalho orçado em dois milhões e meio de Euros mas “gastámos cerca de 2 milhões e duzentos mil Euros”. Com as obras, o museu é uma “mais valia para o país e para a diocese de Braga”. Para o futuro, o museu terá exposições itinerantes mas “temos que nos lançar primeiro numa campanha de fundos para pagar a dívida”

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Agência ECCLESIA

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