Funchal, Madeira, 14 jun 2012 (Ecclesia) – O bispo do Porto e vice-presidente da Conferência Episcopal Portuguesa pediu na terça-feira aos católicos para adequarem as suas iniciativas aos recursos disponíveis.
“Não façamos grandes projetos, planos que colidem com as nossas possibilidades”, apelou D. Manuel Clemente durante a missa celebrada na Sé do Funchal, no âmbito de uma visita à Madeira, onde proferiu três conferências sobre os 500 anos da diocese insular, que se assinalam em 2014.
O aumento da influência da cultura cristã na sociedade não deriva dos meios materiais mas da “totalidade da entrega” pessoal, sublinhou o historiador, citado pela edição de hoje do Jornal da Madeira.
O futuro depende da maneira como os fiéis vivem e testemunham a mensagem cristã, frisou o prelado, que acentuou a necessidade de os católicos aprofundarem a sua espiritualidade e doutrina, aplicando-as às condições atuais.
“O que temos pela frente é o que o passado mesmo nos garante e orienta: é vivermos cada vez mais numa união efetiva com Jesus Cristo no conhecimento sério, de mente e coração”, em correspondência com o que os “tempos exigem, na sua modalidade de cultura, na sua maneira de viver e na linguagem em que se inova”, afirmou.
D. Manuel Clemente lançou também um convite à unidade, tendo pedido aos fiéis para evidenciarem o que os une em vez de se deterem nos fatores que conduzem à separação.
A missa, presidida pelo bispo do Funchal, D. António Carrilho, foi também concelebrada pelo seu antecessor, D. Teodoro de Faria, e por vários padres, refere o Jornal da Madeira.
O programa da deslocação de D. Manuel Clemente à Madeira incluiu conferências nos concelhos de Ponta do Sol e Santa Cruz, tendo terminado na noite desta terça-feira no Funchal, com uma palestra na Igreja do Colégio.
RJM