«Caminhar, convergir, construir e anunciar juntos» é o objetivo do caminho sinodal até ao ano em que a diocese assinala 50 anos de criação, disse D. José Ornelas
Setúbal, 23 mai 2021 (Ecclesia) – O bispo de Setúbal proclamou hoje um “Caminho Sinodal da Igreja Diocesana” para preparar a o primeiro Sínodo da Diocese, em 2025, ano em que celebra 50 anos de criação.
“Hoje, na Igreja de Santa Maria da Graça, Sé da nossa Diocese, na Solenidade do Pentecostes, na qual celebramos a efusão do Espírito Santo que marca o início da Igreja, em Jerusalém, proclamo um Caminho Sinodal da Igreja Diocesana de Setúbal, que deve concluir-se com a celebração do Primeiro Sínodo Diocesano, em 2025, no Cinquentenário da criação da Diocese”, afirmou D. José Ornelas.
Na celebração que decorreu na tarde deste domingo, bispo de Setúbal disse que o objetivo do caminho sinodal é “caminhar, convergir, construir e anunciar juntos, a partir da diversidade dos dons de Deus”.
“Na tradição da Igreja, este convergir e caminhar juntos diz-se com uma palavra importante, que vamos ouvir, interiorizar e viver: ‘Sínodo’ – ‘syn-odós’ – ‘juntos em caminho’. É esta Palavra que vai marcar o nosso peregrinar até ao cinquentenário, em 2025”, afirmou.
O bispo de Setúbal propôs uma “atitude de alegria e gratidão” para percorrer o caminho de preparação para celebrar o primeiro cinquentenário da diocese, sublinhando que é uma Igreja “habituada a caminhar”.
D. José Ornelas lembrou que a península de Setúbal “foi meta de imigração” e acolheu “gente de todo o país” que, ligando-se aos que habitavam na região, “foi dando consistência, riqueza, cultura e fé” aos sadinos, “mais abertos do que nunca à diversidade cultural proveniente de todos os continentes”.
O caminho sinodal representa uma “tomada de consciência” da história de Setúbal e “há de ser sobretudo um caminho de renovação”, considera D. José Ornelas, lembrando que é um percurso “de cada membro” da Diocese de Setúbal, onde todos são “convocados e necessários”.
“Cada um e cada uma terão de ser objeto de atenção, acolhimento e estima; e cada qual é chamado a colocar ao serviço de todos os dons que recebeu de Deus. É isto que significa a sinodalidade: caminhar, discernir e anunciar em conjunto, colocando ao serviço da vida e da missão da Igreja, os dons que recebeu de Deus”, disse o bispo de Setúbal.
O bispo de Setúbal valorizou a instituição, pelo Papa Francisco de três “ministérios importantes”, “estavelmente ligados a serviços de leigos e leigas nas comunidades de toda a Igreja: o Ministério de Leitor/Leitora, ligado à proclamação e anúncio da Palavra de Deus; o Ministério de Acólito/Acólita, ligado à celebração da Eucaristia, centro da vida da Igreja; e o Ministério do/da Catequista, que se concentra na transmissão da fé”.
“É assim, no Serviço/Ministério e na responsabilidade de todos que somos chamados a encetar este caminho. Queremos crescer, como fazendo parte de uma Igreja Sinodal, isto é, uma Igreja de gente ao serviço uns dos outros, ao serviço do Evangelho”, sublinhou.
D. José Ornelas desafiou a “sair das catacumbas da pandemia, da imobilidade, do fechamento”, a caminho de “Igreja renovada”, e lembrou “importantes eventos” ao longo dos próximos quatro anos, para “estimular e dar sentido” ao percurso sinodal: a XVI Assembleia Geral do Sínodo dos Bispos de toda a Igreja, em 2022, e. a Jornada Mundial da Juventude, em 2023.
A Diocese de Setúbal foi criada pelo Papa Paulo VI, em 1975; D. Manuel Martins foi o primeiro bispo da diocese sadina, até 1998, sucedendo D. Gilberto Canavarro Reis, até 2015, ano em que tomou posse D. José Ornelas.
PR