Bispo prevê uma «transição tranquila» para D. João Marcos e quer regressar à Ordem do Carmo
Beja, 03 nov 2016 (Ecclesia) – D. António Vitalino, bispo de Beja, completa hoje 75 anos de idade e encara com “muita naturalidade” a “passagem de testemunho” para o coadjutor, D. João Marcos, após o Papa aceitar o seu pedido de renúncia.
No dia 10 de outubro de 2014, o Papa Francisco nomeou D. João Marcos como bispo coadjutor da Diocese de Beja, correspondendo ao pedido do atual bispo, D. António Vitalino, que se manifestou sobre a necessidade de contar com um bispo coadjutor a quem possa confiar a sua missão quando atingir os 75 anos.
O número 1 do cânone 401 do Código de Direito Canónico determina que qualquer bispo diocesano que tenha completado 75 anos de idade deve apresentar a renúncia do ofício ao Papa, o qual toma uma decisão sobre o caso depois de examinadas todas as circunstâncias.
D. António Vitalino prevê uma transição “tranquila, como deve ser na Igreja”, para o atual coadjutor, D. João Marcos.
Por ocasião do início do Ano Pastoral 2016/2017, D. António Vitalino disse à Agência ECCLESIA que é de esperar continuidade na “diversidade” própria do futuro bispo, D. João Marcos, na diocese desde 2014.
D. António Vitalino considera ser prioritário desenvolver um projeto de evangelização, de “iniciação cristã”.
“Os alentejanos estão num processo de aproximação, é preciso com certeza evangelizar aquele povo, mostrar que Jesus é, afinal, o mais próximo de nós”, precisou.
Quanto a conselhos que deixa a D. João Marcos, o bispo de Beja diz que é preciso “não desanimar, não ter medo das dificuldades”.
Numa mensagem à Diocese de Beja no início do ano pastoral, os bispos explicam que é de prever que este o ano em curso “fique marcado pela mudança”, passando D. António Vitalino a bispo emérito de Beja “quando o Papa Francisco assim o entender”.
Em relação ao futuro, D. António Vitalino diz ter um calendário “muito preenchido” até junho de 2017 e “muitos convites” do mundo da emigração.
“Eu não sou general, sou um simples soldado-raso e tenho de estar com o povo, às vezes à frente do povo, e mostrar os caminhos que julgo serem os melhores para todos”, assinala, uma retrospetiva do seu percurso como bispo.
Agora, e após 20 anos de ministério episcopal, prevê poder “regressar à comunidade”, como religioso carmelita.
No dia 13 de novembro, a Diocese de Beja vai homenagear D. António Vitalino para agradecer os 17 anos do seu ministério episcopal naquele território do Alentejo.
Numa mensagem enviada aos jovens, a diocese pede-lhes para comparecerem na cerimónia de homenagem ao bispo de Beja que completa, dia 03 de novembro, 75 anos de idade, lê-se no jornal «Notícias de Beja».
A homenagem vai ser na Sé de Beja e serve para manifestar “a profunda gratidão” ao prelado pela “sua vida exemplar ao serviço da Igreja e pelo seu incansável apostolado missionário no vasto território do Alentejo, refere a edição do referido semanário.
A celebração serve também para encerrar o Ano da Misericórdia.
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