Igreja atenta às «novas pobrezas» em Braga

D. Jorge Ortiga, Arcebispo de Braga, pediu ontem que a Igreja e a sociedade civil sejam capazes de assumir um “compromisso de solidariedade” para que a pobreza termine. Na homilia da festa de São Geraldo, padroeiro da cidade, o prelado centrou a sua reflexão na necessidade da cidade estar atenta às “periferias”. “A Igreja está com os autarcas na construção de uma cidade que seja centro de vida, animador das periferias e digna herdeira de tantos ilustres antepassados que a ela devotaram as suas vidas”, referiu D. Jorge Ortiga, o qual afirmou querer “olhar para as novas pobrezas que inundam os nossos lares e as nossas ruas”. Em particular, a homilia sublinhou o facto de que nas periferias “aumenta o número de mendigos, de sem-abrigo, de desempregados, de abandonados, de marginalizados, de habitações inadequadas”. O Arcebispo lembrou que a cidade é” um centro à volta do qual gravitam diversas periferias”, não só geográficas e mas outras “que poderíamos classificar de verdadeiras margens ou franjas sociais”. O Arcebispo de Braga e o presidente da Câmara Municipal de Braga evocaram ontem a celebração do “milagre da fruta”, na Capela de S. Geraldo da Sé Catedral de Braga, simbolizando “a cooperação” do poder religioso e civil para, como no tempo do padroeiro da cidade, promoverem “a multiplicação dos bens ao serviço dos mais necessitados”. D. Jorge Ortiga apontou a obrigação de “unir esforços para eliminar as causas das situações indignas que continuam a existir na sociedade”. (Com Diário do Minho)

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