Pe. Feytor Pinto acolhe com expectativa presença de Ana Jorge no ministério É com expectativa que o Pe. Feytor Pinto, Coordenador Nacional da Pastoral da Saúde acompanha a chegada de Ana Jorge à pasta da saúde. A nova titular da área da saúde introduziu nos hospitais a terapia pelos valores espirituais, música, teatro e “manifesta preocupação pela espiritualidade”, explica o coordenador nacional à Agência ECCLESIA, adiantando que tem uma “admiração” pela actual ministra. A actual ministra Ana Jorge esteve presente no último encontro, sobre assistência aos doentes em casa, participando numa conferência, em Évora. O conflito com o Ministério da Saúde sobre a assistência espiritual nos hospitais “estava a ser resolvido, com uma grande compreensão do antigo Ministro da pasta, Correia de Campos”, explica o Pe. Feytor Pinto. “Não vamos eternizar um problema quando os próprios agentes do problema estavam disponíveis para o resolver”, adianta. O coordenador explica que tanto o ministério como a pastoral da saúde estavam a “encontrar uma solução legal para se cumprir todas as leis e garantir a assistência espiritual”. Várias reuniões decorreram e estava marcada uma próxima reunião onde “talvez se chegasse ao documento definitivo, que está quase pronto”. Interrompido agora este processo com a mudança do titular da Saúde, o Pe. Feytor Pinto afirma que dentro de pouco tempo retomarão as conversações, numa relação que se “mantém há mais de 20 anos”. O coordenador da pastoral da saúde explica que o tratamento deve ser inclusivo, respeitando as diferentes dimensões humanas. “Não pode haver pastoral da saúde integral sem colaboração com outros campos da pastoral e de forma especial com a pastoral social”. Esta é uma área que não se esgota nos hospitais, pois o melhor lugar onde se desenvolve é nas comunidades paroquiais. “Não estamos limitados pelas estruturas do Estado mas envolvidos numa comunidade cristã que tem de ter uma preocupação com todos, de uma forma especial, com os membros mais débeis, onde se incluem os doentes e os idosos”. Interligar pastorais Com vista a um melhorar o trabalho e a qualidade das respostas, a pastoral da saúde quer desenvolver parcerias privilegiadas com a pastoral social, pois como explica o Pe. Feytor Pinto, é um trabalho global. Este tema vai estar em destaque nas celebrações do Dia Mundial do Doente, marcado para 11 de Fevereiro. “Nas visitas aos doentes, as equipas não se limitam a dar a comunhão. Têm também de levar alimentação, ajudar na organização da casa, ser presença psicológica, ou seja, acaba por ser um trabalho de cariz social”. A comunidade paroquial deve conhecer a realidade dos seus doentes, procurar responder aos problemas, perceber a ligação que pode estabelecer com as estruturas do Estado, nomeadamente os centros da saúde e centros de apoio familiar. Este é o terreno da pastoral da saúde. As equipas da pastoral da saúde, preocupadas com a parte social, “acompanham também o doente a nível espiritual, através da catequese do sofrimento, dos sacramentos, através da oração com o doente, sendo isto a chamada pastoral integrada”. Outra aposta da pastoral da saúde é responder aos doentes que não têm assistência contínua, através de unidades de cuidados continuados. Esta resposta está a ser desenvolvida em todas as dioceses do país. Mais informações em www.pastoraldasaude.pt