Igreja atenta às críticas de Cavaco Silva à lei do divórcio

O secretário da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) manifestou concordância com as declarações do Presidente da República que ontem, em Fátima, afirmou que “a maioria dos casos de «novos pobres» está associada a situações de divórcio”. O Pe. Manuel Morujão classifica de “oportuna” a intervenção de Cavaco Silva: “A facilitação acaba por debilitar a estrutura da famílias e nesta debilitação quem fica prejudicado são os mais fracos: a mulher e os filhos menores”. O secretário da CEP acrescenta que às instituições da Igreja Católica têm chegado muitas situações que comprovam estas declarações. Já o actual presidente da Confederação Nacional das Instituições de Solidariedade (CNIS) considera que Cavaco Silva tem razão ao associar a nova Lei do Divórcio ao aumento da pobreza em Portugal. “Eu penso que foi um alerta que o Presidente quis lançar, um pró-memória, porque sempre que se caminha para um facilitismo pode-se agravar uma situação que não era boa”, adverte o Padre Lino Maia. “Em relação à situação no país, a CNIS pode afirmar que muitos dos seus utentes têm um passado ou um presente familiar difícil e teme que a questão se possa agravar. Sobre a actual lei do divórcio ainda não há um diagnóstico, porque só agora entrou em vigor”, sublinha o responsável. Antes de se alterar uma legislação é preciso pensar nas consequências, afirma o Padre Lino Maia, para quem a nova lei do divórcio vai colocar “os filhos em situações muito mais precárias”. Redacção/RR

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