Presidente da Comissão Episcopal da Mobilidade humana desafia cristãos a serem acolhedores e a praticarem a hospitalidade para com os migrantes “Vivemos um tempo de apregoada democracia e tolerância, mas na realidade perseguimos aqueles que são diferentes. Vivemos um relativismo redutor das diferenças sexuais, religiosas, culturais e outras, esquecemos que a diferença é o alimento da unidade, o desafio da complementaridade, a base do amor, a condição da criatividade, o sinal e sacramento da Trindade”, afirmou o Bispo António Vitalino, durante a celebração eucaristia da peregrinação internacional, dedicada ao migrante. Referindo-se aos imigrantes que deixam as suas terras e vão em busca de uma vida melhor, “alguns ficam pelos caminhos, no deserto, no mar ou nas fronteiras e são tratados como criminosos”, outros “caem nas mãos de exploradores sem escrúpulos, que roubam a sua dignidade e os usam para satisfazer os seus vícios”. E ainda noutros casos “são vistos e tratados com inveja. Como se fossem ladrões dos nossos empregos e do nosso pão”, frisou. Em todos os casos de migrantes – acentuou o prelado – “podemos encontrar casos de maior ou menor violência, que nos deveria envergonhar de mais parecermos lobos e inimigos dói que seres humanos e filhos de Deus”. Em conferência de Imprensa, realizada no Santuário de Fátima, no dia 12 de Agosto, o presidente da Comissão Episcopal da Mobilidade Humana pronunciou-se a respeito da nova lei da imigração considerando-a “um passo em frente” em relação à legislação existente, mas que “não resolve cabalmente o problema dos imigrantes clandestinos”.