Igreja atenta à situação de crise dos imigrantes

Os organismos da Igreja Católica deparam-se com crescentes dificuldades para fazer face aos efeitos da crise económica entre os imigrantes, muitos deles desempregados ou em situação de precariedade laboral. Em declarações à Agência Lusa, D. António Vitalino, presidente da Comissão Episcopal da Mobilidade Humana, criticou a “falta de sensibilidade” dos empresários e dos políticos perante a “tragédia humana” que os imigrantes enfrentam. “Há muitos imigrantes que são trabalhadores sazonais, na agricultura e turismo”, sujeitos a “baixos salários” e a uma “exploração desumana” por parte dos patrões, exemplificou o bispo de Beja. Já o director da Obra Católica Portuguesa das Migrações vai mais longe e acusa os angariadores de terem promovido uma “espécie de publicidade enganosa” nos países de origem dos imigrantes. Os imigrantes “têm receio de se lançar numa luta a denunciar injustiças numa terra que não é a sua” pelo que “os nossos governantes devem repensar o sistema de apoio” a esta franja da população. A Igreja Católica irá promover uma reflexão sobre a situação actual das migrações, de 7 a 10 de Julho, no Encontro Nacional dos Secretariados Diocesanos da Pastoral da Mobilidade e Capelanias, em Braga. A iniciativa terá como tema “As Migrações e Os Desafios Pastorais da Igreja, num País em Mutação Cultural” e procura “suscitar respostas pastorais que possam ir ao encontro dos desafios concretos das migrações no presente”. Redacção/Lusa

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