Igreja atenta a famílias em dificuldade

Francisco recebeu bispos da Polónia e deixou elogios à figura de João Paulo II

Cidade do Vaticano, 07 fev 2014 (Ecclesia) – O Papa Francisco disse hoje no Vaticano que a Igreja Católica deve ter uma atenção particular pelos casais em dificuldade para contrariar a “mentalidade” que favorece o recurso ao divórcio e às “separações de facto”.

“Os pastores são chamados a interrogar-se sobre como assistir os que vivem nesta situação, para que não se sintam excluídos da misericórdia de Deus, do amor fraterno de outros cristãos e da solicitude da Igreja pela sua salvação”, declarou, num discurso dirigido aos membros da Conferência Episcopal da Polónia, em visita à Santa Sé.

Francisco apelou a uma aposta na “preparação dos jovens” para o casamento, para que possam “descobrir cada vez mais a beleza desta união” e possam “superar as provas, as dificuldades, os egoísmos com perdão recíproco”.

“É preciso questionar-se sobre como ajudar as famílias a viver e apreciar tanto os momentos de alegria como os de dor e fraqueza”, acrescentou.

O Papa pediu que as comunidades eclesiais sejam “lugares de escuta, de diálogo, de conforto e de apoio para os esposos”.

O encontro começou com a evocação do Beato João Paulo II (1920-2005), que vai ser canonizado a 27 de abril, no Vaticano, apresentado como “um exemplo luminoso de total abandono a Deus e à sua Mãe e de completa dedicação à Igreja e ao homem”.

Francisco destacou ainda a realização da próxima Jornada Mundial da Juventude em Cracóvia, no ano de 2016, sublinhando que “no coração dos jovens há uma ânsia de algo mais profundo, que valorize plenamente a sua personalidade”.

O Papa pediu uma Igreja missionária e atenta à formação das novas gerações, na Polónia, e destacou a importância de promover novas vocações sacerdotais e consagradas, com uma palavra particular para as religiosas, “que dão a vida pelo Senhor e pela Igreja na oração, na pastoral e na caridade”.

“Conclui exortando-vos à solicitude pelos pobres: também na Polónia, apesar do atual desenvolvimento económico do país, há tantos necessitados, desempregados, sem-abrigo, doentes, abandonados, bem como muitas famílias – sobretudo as numerosas – sem meios suficientes para viver e educar os filhos. Estai próximos delas”, declarou.

OC

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Agência ECCLESIA

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