A Igreja Católica está decidida a acompanhar o número cada vez maior de emigrantes portugueses que procura o Reino Unido para ganhar a vida. A certeza é deixada à Agência ECCLESIA pelo director da Obra Católica Portuguesa de Migrações (OCPM), OCPM, Pe. Rui Pedro, regressado de uma visita aos missionários dos portugueses e responsáveis pastorais pelas comunidades migrantes das dioceses de Westminster e Southwark, em Londres. A Comissão Episcopal da Mobilidade Humana (CEMH) faz destes emigrantes uma prioridade e o seu próprio presidente, D. António Vitalino, deverá visitar o país no próximo mês. Para o Pe. Rui Pedro, estas pessoas “são emigrantes, no sentido próprio do termo, não cidadãos portugueses em circulação na UE”. Nos últimos tempos a Inglaterra tem sido o país que mais portugueses tem acolhido (cerca de 200 mil) e a Igreja quer acompanhar mais este fluxo de emigrantes. Muitos dos que partem viveram, em Portugal, situações difíceis, como o desemprego, o desagregamento familiar, a droga ou a marginalidade, que as transportam para a situação de emigração. “Os chamados novos emigrantes pedem outro tipo de apoio. A própria Igreja local está preocupada com a necessidade de informa bem as famílias portuguesas, inclusivamente sobre as escolas católicas que ali existem”, assinala o Pe. Rui Pedro. Esta tentativa de responder melhor às necessidades e desafios pastorais do Reino Unido, em colaboração com a as estruturas da Igreja no país, onde a Igreja Católica é minoritária, implica um esforço de todas as dioceses portuguesas. Hoje, de facto, há apenas um sacerdote católico português, com 80 anos, junto destas comunidades emigrantes, a que se juntou um outro sacerdote, mas não português. “Neste momento, temos pedidos de três dioceses do Reino Unido, no sentido de dar uma melhor resposta aos problemas religiosos dos portugueses. Isso implicaria o envio de, pelo menos, quatro padres nos próximos dois anos”, explica o Pe. Rui Pedro, que é também secretário da CEMH.