Igreja atenta a «alertas sociais»

O presidente da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP), D. Jorge Ortiga, elogiou hoje o alerta feito pela Associação para o Desenvolvimento Económico e Social (SEDES) para os riscos de uma “crise social” mas rejeitou qualquer “alarmismo” com esse aviso. “O alerta é sempre importante” porque “vem ajudar a mudar a situação existente”, afirmou à Agência Lusa D. Jorge Ortiga, reagindo ao comunicado da SEDES que denuncia aquilo que considera ser um “mal-estar” na sociedade portuguesa que, a manter-se, poderá originar uma “crise social de contornos difíceis de prever”. O comunicado “não deve ser visto como um alerta alarmista” mas é “imprescindível que todos tenham em atenção” as preocupações aí patentes, considerou o presidente da CEP. Trata-se de um “alerta que deve ser acolhido por todos e em particular pelos responsáveis do país para prevenir que essa crise aconteça”, acrescentou o bispo. Na Quinta-feira à noite, a SEDES divulgou um comunicado em que considera existir hoje “na sociedade portuguesa um mal-estar difuso, que alastra e mina a confiança essencial à coesão nacional”. Esse “mal-estar” deve-se a “sinais de degradação da qualidade cívica”, como a “degradação da confiança dos cidadãos nos representantes partidários”, a “combinação de alguma comunicação social sensacionalista com uma Justiça ineficaz” e o aumento da “criminalidade violenta” e do “sentimento de insegurança entre os cidadãos”.

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