Igreja/Arte: Papa Francisco pede que novas igrejas sejam «oásis» de beleza nas periferias

Papel dos artistas no espaço público foi tema de debate na sessão pública anual das Academias Pontifícias

Cidade do Vaticano, 06 dez 2016 (Ecclesia) – O Papa defendeu hoje que as novas igrejas devem ser “oásis” de beleza, em particular nas periferias e zonas mais degradadas das grandes cidades.

“É necessário que os edifícios sacros, a começar pelas novas igrejas paroquiais, sobretudo quando colocadas em contextos periféricos e degradadas, se proponham, na sua simplicidade e essencialidade, como oásis de beleza, de paz, de acolhimento”, escreveu Francisco na sua mensagem para a XXI sessão pública das Academias Pontifícias.

O texto foi lido esta tarde na abertura dos trabalhos deste encontro anual, que em 2016 é dedicado ao tema ‘Centelhas de beleza para um rosto humano das cidades’.

Francisco pede que as igrejas promovam “o encontro com Deus e a comunhão com os irmãos e as irmãs”, tornando-se assim “ponto de referência” para o crescimento das comunidades.

O Papa citou o seu predecessor, Bento XVI, que convidou os artistas a um compromisso para “tornar cada vez humanos os lugares da convivência social”.

Francisco deixou o seu apoio a projetos de “requalificação e de renascimento” das periferias das grandes cidades.

“Tomar conta das pessoas, a começar pelos mais pequenos e indefesos, e dos seus laços quotidianos, significa necessariamente tomar conta também dos ambientes em que elas vivem”, precisou.

O Papa convidou os artistas de todas as áreas a “fazer brilhar a beleza”, sobretudo onde a “escuridão e o cinzento dominam o quotidiano”.

O prémio que as Academias Pontifícias atribuem anualmente, a jovens estudantes, artistas ou instituições que se tenham destacado na promoção do humanismo cristão, foi entregue, ex-áqueo, a Chiara Bertoglio, investigadora no campo musicológico e literário, e a Claudio Cianfaglioni, pela sua investigação sobre figuras da poesia e da literatura.

Francisco atribuiu ainda a medalha do pontificado a dois projetos musicais: Michele Vannelli, mestre de Capela da Basílica de São Petrónio, em Bolonha: e Francesco Lorenzi, compositor e músico da banda italiana de música cristã ‘The Sun’.

A sessão deste ano foi organizada pela Academia das Belas-Artes e Letras dos Virtuosos no Panteão, instituição académica que remonta a 1542, no dia em que o Papa anunciou que a mesma iria passar a ser presidida pelo italiano Pio Baldi.

OC

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Agência ECCLESIA

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