Lisboa, 15 nov 2017 (Ecclesia) – O Museu Nacional de Arte Antiga apresenta a partir de hoje a exposição ‘As ilhas do Ouro Branco’, que traz até Lisboa algumas das obras-primas da arte religiosa na Madeira.
Destacam-se, entre as obras expostas, a Cruz processional (1500-1525) oferecida por D. Manuel I à Sé do Funchal, ou a Virgem da Igreja Matriz da Ribeira Brava (início do século XVI), com o Menino Jesus nu e adormecido, esculpida no Brabante.
A mostra, que se prolonga até março de 2018, apresenta ainda o Tríptico da Descida da Cruz (c. 1518-1527), atribuído a Gérard David, e o Tríptico de Santiago Menor e de São Filipe (c. 1527-1531), atribuído a Pieter Coeck van Aelst.
“Ao longo de uma narrativa que parte do espanto dos primeiros navegadores perante o novo território e prossegue com a evocação do esforço do povoamento e da implantação de estruturas económicas e administrativas no arquipélago, esta exposição dá a conhecer as elites comitentes locais através das suas encomendas – obras de pintura, escultura ou ourivesaria – provenientes da Flandres, do continente e até do Oriente”, assinala uma nota dos organizadores, enviada hoje à Agência ECCLESIA.
A exposição revela a riqueza do património madeirense dos séculos XV e XVI, “resultante do esplendor cultural proporcionado pelo ciclo económico do «ouro branco»”, o comércio do açúcar.
A iniciativa marca o arranque das comemorações dos 600 Anos do Descobrimento da Madeira e Porto Santo, trazendo à capital portuguesa 86 obras de arte.
A inauguração conta com a presença do presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, e do bispo do Funchal, D. António Carrilho.
OC