Grupo constituído por pessoas «ligadas ao rio» conta com «pintores, músicos, fotógrafos»
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Moita, 20 set 2021 (Ecclesia) – O Apostolado do Mar da Paróquia da Moita (A.M.P.M.), na Diocese de Setúbal, nasceu este domingo com uma ligação ao Rio Tejo, uma celebração da palavra e a bênção da imagem de São Telmo marcaram o seu início.
“Surge com a vontade de um grupo de pessoas ligadas ao rio do ‘Beira Mar Náutica’, uma associação criada há pouco tempo, que queríamos levar a fé mais além”, disse Jorge Picoto, do A.M.P.M, à Agência ECCLESIA, no final da celebração que decorreu no Parque das Canoas, no Gaio.
O elemento da equipa do Apostolado do Mar da Paróquia da Nossa Senhora da Boa Viagem (Moita) acrescentou que a ideia deste núcleo nasceu no ‘Beira Mar Náutica’ para terem “uma ala cristã”, porque são “pessoas muito ligadas à fé católica”, e o pároco apresentou-lhes o Apostolado do Mar.
“O Apostolado do Mar na Paróquia da Moita e particularmente nesta zona ligada ao rio, e de uma forma muito especial dentro de um setor ainda mais concreto que é um clube naval, é dizer que o Apostolado do Mar é abrangente, não tem só uma expressão”, assinalou o padre Sílvio Couto.
À Agência ECCLESIA, o pároco da Moita, que também já foi o responsável nacional por esta obra pastoral da Igreja Católica, explica que este projeto no contexto da Moita pretende “alertar” que o Apostolado do Mar “também tem a ver com os rios, com áreas fluviais”, destaca que é necessária “uma sensibilidade à dimensão da água”, e, no futuro, querem “aprofundar o que são as expressões religiosas ligadas à água”.
O padre Sílvio Couto, que presidiu à celebração da palavra e benzeu a imagem de São Telmo, padroeiro do A.M.P.M, recordou a expressão “uma fé com sabor a sal”: “É isso que temos que refletir, estar ao pé do mar, estar ao pé da água, ou no meio do monte, não é a mesma coisa”.
Jorge Picoto adianta que para além das pessoas ligadas ao rio também contam com “pintores, músicos, fotógrafos”, que gostam desta vivência do rio, sendo a maioria do Gaio, da Moita, do Rosário, de Sarilhos Pequenos e Alhos Vedros, mas também localidades da margem norte do rio Tejo.
“Muitas pessoas da Paróquia da Moita, do Gaio, Rosário, fazem a sua vida no rio e no mar. É muito difícil entrar num barco da Soflusa ou da Transtejo que não esteja um mestre, um marinheiro dessa vivência, e também queremos trazer essas pessoas para junto da nossa fé e do Apostolado do Mar”, acrescentou.
Na celebração o padre Sílvio Couto desafiou à cedência do moinho de vento do Gaio para este movimento da Igreja e Jorge Picoto explicou que o querem para “a sede do A.M.P.M e a capela de São Telmo”, fica no “ponto mais alto” desta localidade e “está em ruínas”.
O Apostolado do Mar da Paróquia da Moita tem o objetivo de “organizar e dinamizar” vários encontros e eventos marítimos religiosos, e querem congregar três vertentes numa celebração, a festa local do Gaio, do movimento e do seu patrono São Telmo.
Para o diretor nacional do Apostolado do Mar, Armando Oliveira, “foi uma prenda que o Senhor deu” mais um setor que entra para esta obra pastoral, para que “engrandeça”, seja um movimento “mais forte”.
“Espero que apareçam mais, vão dar mais força e mais alegria em trabalhar com mais pessoas, mais setores para termos uma diversidade maior”, referiu à Agência ECCLESIA, adiantando que no contexto da pandemia nos “últimos dois anos foi muito complicado”.
O ‘Apostolado do Mar’ (Stella Maris) existe em Portugal desde 1935; atualmente, está presente em Viana do Castelo, nas Caxinas, Arquidiocese de Braga, Nazaré e Peniche, Patriarcado de Lisboa, em Sesimbra, Setúbal – Paróquias da Anunciada e de São Sebastião, Moita, e Fuzeta, Diocese do Algarve, e existem ‘Casas Stella Maris’ em Leça da Palmeira e Buarcos.
CB/OC