Bispo de Vila Real encerrou primeiras jornadas nacionais da Pastoral do Turismo promovidas pela Igreja Católica
Fátima, Santarém, 11 jan 2014 (Ecclesia) – O bispo de Vila Real afirmou hoje em Fátima que a Igreja Católica tem de valorizar o seu património e acompanhar o crescimento do turismo religioso, como forma de promover a “nova evangelização”.
“Para isso são importantes os espaços que temos, que herdamos, o importantíssimo legado arquitetónico, artístico, que é preciso fazer compreender e dar a conhecer”, disse à Agência ECCLESIA D. Amândio Tomás, membro da Comissão Episcopal da Pastoral Social e Mobilidade Humana.
O prelado encerrou as primeiras jornadas nacionais da Pastoral do Turismo, promovidas pela Igreja Católica, após dois dias de conferências e debates com especialistas portugueses e espanhóis.
O bispo de Vila Real sustentou que o turismo é “uma ocasião soberana” para que a Igreja possa “transmitir a mensagem do Evangelho” a outras pessoas.
D. Amândio Tomás destaca a necessidade de “competência” para transmitir a “mensagem” contida no património, com o seu “poder altamente descritivo, narrativo”.
“É muito importante que as pessoas conheçam as catedrais, as igrejas, as pinturas, as esculturas, porque a Bíblia, a mensagem da Salvação, transmite-se às pessoas através da arte”, acrescentou.
O responsável sublinhou a importância do “acolhimento” que as instituições católicas devem proporcionar aos visitantes.
“O que verdadeiramente capta as pessoas é o amor, a boa impressão que se dá, acolhendo, escutando ou suscitando interrogações, e depois dando esclarecimentos cabais”, precisou.
O padre Carlos Godinho, diretor da Obra Nacional Pastoral do Turismo, entidade organizadora da iniciativa, disse hoje à Agência ECCLESIA que a prioridade da instituição é “ajudar as dioceses na constituição de comissões ou serviços” para este setor, a nível local.
Para este responsável, o turismo religioso “tem um lugar importante” no contexto do país e é uma realidade em crescimento, fruto de um “investimento claro” também por parte do Estado.
Na abertura das jornadas nacionais, o secretário de Estado do Turismo, Adolfo Mesquita Nunes, disse que o Governo considera uma “prioridade” a atenção ao turismo religioso em Portugal, destacando o “potencial” deste setor.
D. Jorge Ortiga, arcebispo de Braga e presidente da Comissão Episcopal da Pastoral Social e Mobilidade Humana, destacou que a Igreja Católica não pode “alhear-se” da realidade atual do turismo em massa”.
“A Igreja deve empenhar-se, naquilo que ela é, nas suas próprias comunidades, para educar particularmente para o turismo religioso e deve também ser capaz de proporcionar todas as condições para que a palavra ‘religioso’ não seja um simples e mero adjetivo”, declarou.
A iniciativa, que decorreu na Casa de Nossa Senhora do Carmo, abordou temas como a relação entre a Igreja, o Património Religioso e o Turismo, para além do trabalho que as dioceses estão a desenvolver nesta área.
MD/PR/OC
Notícia atualizada às 14h00