Trabalho da autoria de Patrícia Pedrosa mostra exemplos de mudança, em Portugal e Moçambique
Lisboa, 18 jun 2020 (Ecclesia) – O documentário “Vir(a)gens”, da autoria da realizadora Patrícia Pedrosa, apresenta “caminhos de conversão ecológica”, exemplos de Portugal e Moçambique que testemunham a “mudança” defendendo a sustentabilidade da casa comum.
“Vir(a)gens passa pela ideia dos caminhos de conversão ecológica, das viagens que ligam a realidade de Portugal e Moçambique, mas também as viagens interiores que levam a conversões, apela a uma viragem no sentido, é necessário escolher o nosso caminho”, explicou hoje a realizadora à Agência ECCLESIA.
Patrícia Pedrosa afirma a “ideia de mudança”, do que as pessoas que dão testemunho representam e o que fazem para “fazer valer aquilo em que acreditam”.
O documentário produzido pela Fundação Fé e Cooperação (FEC) e Associação Casa Velha, apresentado esta quinta-feira, retrata “histórias de resiliência e ativismo climático, em Portugal e Moçambique”, tendo como premissa a resposta a três questões, um dos instrumentos utilizados na preparação dos compromissos climáticos que cada país deveria adotar em 2020: “onde estamos? Para onde queremos ir? Como lá chegar?”.
“A Matilde Alvim, uma das protagonistas que como ativista e da organização da greve climática estudantil, o Almerindo que trabalhou na agricultura com os pais e através dessa atividade consegue com as crianças na Moita partilhar a importância da proximidade da natureza numa horta e o padre João Nascimento, missionário da Consolata, em Moçambique, que mostra como amar a natureza e envolve a comunidade, recupera os lugares através do cuidado para que usufruam e aprendam a amar e preservar a natureza, uma personagem bonita e poética”, descreve a entrevistada.
Patrícia Pedrosa, que já participou noutros projetos relacionados com as alterações climáticas, aponta que este documentário parte de um “desejo íntimo dos que acreditam” e ali testemunham nesta “partilha no coletivo”.
Estamos num momento que, eu quero acreditar, estamos num ponto de viragem mas para já estamos mal; vai haver mudanças no clima e como é que nos vamos adaptar? As pessoas com quem nos cruzámos respondem-nos a estas perguntas, conta-se essas histórias para que quem vê se possa identificar, é muito necessário esta capacidade de identificação”.
A realizadora destaca também a necessidade de “abandonar a cultura do descarte”, como refere a Laudato Si, através de uma “ação coletiva”, a consciência do coletivo e da ação comunitária em prol dos outros”.
Os protagonistas deste documentário “querem construir um mundo melhor e transmitem o seu amor em gestos de cuidado mútuo”.
SN