Paisagem humana e geográfica de Tavira e São Brás de Alportel ficou «negra» após fogos, diz vigário geral
Faro, 27 jul 2012 (Ecclesia) – A Diocese do Algarve está a dar alimentos às vítimas dos fogos ocorridos na última semana nos concelhos de Tavira e São Brás de Alportel e o clero vai pedir donativos aos fiéis nas celebrações de sábado e domingo.
O vigário geral da diocese disse hoje à Agência ECCLESIA que o bispo local, D. Manuel Quintas, enviou esta terça-feira um e-mail aos sacerdotes e diáconos, solicitando que nas missas e outras celebrações apelem aos fiéis para contribuírem para a campanha “Cáritas ajuda vítimas dos incêndios”.
O padre Firmino Ferro, adjunto do bispo, explicou que não se vai realizar um ofertório específico para essa finalidade e adiantou que as ofertas podem ser entregues diretamente ao clero e aos serviços centrais da diocese, que os reencaminharão para a Cáritas.
O responsável sublinhou que a paisagem humana e geográfica ficou “negra” após os fogos que destruíram sobreiros em São Brás de Alportel, que “tem a melhor cortiça do mundo”, enquanto que em Cachopo se perderam florestas e rebanhos, “como aconteceu a um pastor que perdeu mais de 300 ovelhas”.
O Centro Paroquial de Cachopo, a 50 km do litoral, continua a fornecer ajuda alimentar a pessoas que mantêm as suas casas mas ficaram sem hortas, plantações e reservas das colheitas, ao mesmo tempo que voluntários da Cáritas local percorrem os montes para fazerem o levantamento das necessidades, refere o jornal ‘Folha do Domingo’.
“A Igreja Católica está bem implantada em Cachopo e Martim Longo, na serra, que são as zonas mais pobres do Algarve”, sublinhou o padre Firmino Ferro.
A conta ‘Cáritas ajuda vítimas dos incêndios’, com o NIB 0007 0000 0010 7639 446 23, foi lançada a 20 de julho na sequência dos fogos que atingiram o Algarve e a Ilha da Madeira, tendo reunido até hoje 5050 euros em donativos, que se acrescentam aos 20 mil euros oferecidos pela instituição católica.
RJM
