Igreja: Ajudas de outras dioceses permitem que número de padres no sul se mantenha «estável»

Membros do clero do Algarve, Beja e Évora realizaram jornadas de atualização em conjunto

Albufeira, Faro, 29 jan 2015 (Ecclesia) – O padre José António Morais Palos afirmou hoje no encerramento das jornadas de atualização do clero das dioceses do Sul que o número de sacerdotes no Algarve, Beja e Évora se “mantém estável” e que é necessária “formação permanente”.

Na apresentação das conclusões do encontro, o presidente do Instituto Superior de Teologia de Évora (ISTE) afirmou que, na Província Eclesiástica de Évora, que inclui Beja e o Algarve, o número de sacerdotes para as necessidades de cada diocese atravessa uma “situação é idêntica” ao do resto do país, “agravada” pela diminuição de população e pelo facto de muitos padres serem “de fora da diocese”.

As jornadas de atualização do clero, sobre o tema “Que pastores para a Igreja no mundo de atual?”, analisaram os números de padres em cada diocese nos últimos anos, concluindo que, apesar de “estável”, fica “aquém das necessidades”.

Na sessão de encerramento das jornadas, o padre Morais Palos defendeu que a “docilidade e disponibilidade para aprender continuamente fazem parte do exercício do ministério sacerdotal”.

“A formação inicial é importante, mas torna-se cada vez mais necessária a formação permanente a nível humano, doutrinal, espiritual e pastoral”, sustentou.

De acordo com as conclusões propostas a todos os participantes, os padres hoje têm de cultivar a proximidade aos jovens e às famílias, ser voz da esperança e “autênticos”, cultivando a “excelência” e a criatividade

Os leigos “esperam que o sacerdote seja autêntico na fidelidade, cultive a excelência no serviço aos outros, seja criativo à maneira dos profetas, e líder como o pastor que conhece e cuida das ovelhas”, referiu.

Os sacerdotes das dioceses do Sul afirmaram também a necessidade de continuar a “investir” na Pastoral Vocacional como “exercício de toda a Igreja”.

Os problemas dos candidatos ao sacerdócio “são reflexo da conjuntura familiar”, onde faltam “vínculos” e “relações estáveis “, observam.

De acordo com as conclusões apresentadas pelo padre presidente do ISTE, é necessário “ajudar os jovens a passar da disponibilidade genérica para as decisões concretas”.

O trabalho e o perfil dos sacerdotes esteve em debate nas jornadas de atualização do clero das dioceses do Sul, que hoje terminaram em Albufeira, organizadas pelo Instituto Superior de Teologia de Évora (ISTE), sendo um dos conferencistas o secretário para os seminários da Congregação do Clero (Santa Sé), D. Jorge Carlos Patrón.

PR

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