Igreja ajuda clero do Oriente

A assembleia-geral semestral da «Reunião das Obras de Ajuda às Igrejas Orientais» (ROACO), que começou esta Segunda-feira no Vaticano, vai analisar a subsistência do clero na Europa Central e de Leste e no Médio Oriente. Parte dos trabalhos, que terminarão na Quarta-feira, será dedicada à situação das Igrejas na Eritreia, Etiópia e Iraque.

Estarão presentes delegados de cerca de vinte agências católicas, provenientes de dez países ocidentais. A 82.ª edição da conferência contará igualmente com a participação do núncio apostólico em Israel, D. António Franco, e de D. Leo Boccardi, que desempenha o mesmo cargo no Sudão e Eritreia.

A ajuda financeira acompanhou a evolução ocorrida nas últimas duas décadas. O secretário-geral da Organização, Pe. Leon Lemmens, recordou que as Igrejas Católicas na Europa centro-oriental renasceram há apenas vinte anos. Durante este período, porém, “tiveram a bênção de muitíssimas vocações sacerdotais: foram ordenados mais de 3 mil sacerdotes, o que significa que quase todas as paróquias de rito bizantino têm um pároco. Neste sentido, a situação delas é melhor do que a da Igreja em muitos países da Europa ocidental”. Por outro lado, acrescentou, “a formação desses sacerdotes implicou um esforço imenso”.

As Igrejas ressurgiram sem quase nenhum património porque os regimes comunistas apossaram-se de todos os seus bens. Somente uma pequena parte foi devolvida após a queda daqueles sistemas políticos.

“Essas Igrejas renasceram sem estruturas, sem um sistema de auto-financiamento, e encontram-se ainda hoje nesta situação”, referiu o Pe. Leon Lemmens. “Além disso vivem em países pobres: basta pensar na gravíssima crise económica na Ucrânia – que, do nosso ponto de vista, é o país mais importante – onde vivem dois mil desses sacerdotes e onde quase toda a população sofre a fome e a pobreza”, acrescentou.

O apoio financeiro é garantido pelas agências que fazem parte da ROACO e por ofertas de cristãos do Ocidente.

“O desafio económico aumenta”, constatou o secretário-geral. Durante este encontro queremos fazer um balanço da situação, sobretudo na região da Europa Centro-Oriental e também no Médio Oriente, onde os problemas são talvez um pouco diferentes. Desejamos identificar as questões e os desafios e começar a dar-lhes respostas”, concluiu.

Com Rádio Vaticano

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