D. Armando Esteves Domingues participou no encontro Diocesano da Pastoral Social
Ponta Delgada, Açores, 20 abr 2024 (Ecclesia) – O bispo de Angra pediu hoje, no Encontro Diocesano da Pastoral Social, que as comunidades católicas sejam solidárias e atentas a quem sofre.
“Muitas vezes falamos das coisas mas não estamos nelas… Quantas pessoas com fome conheço e c? Quantos sem-abrigo conheço e sei o nome e convido para tomar um café? Quantos irmãos se esgotam sozinhos sem que nós lhes cheguemos perto”, referiu D. Armando Esteves Domingues, no encontro que decorreu este sábado no Centro Pastoral Pio XII, em Ponta Delgada, ilha de São Miguel
A iniciativa, organizada pelo Serviço Diocesano da Pastoral Social de Angra, contou com cerca de meia centena de participantes, num formato presencial e online.
Numa intervenção citada pelo portal ‘Igreja Açores’, D. Armando Esteves Domingues lembrou que a Igreja tem “um património e uma mensagem inigualáveis”, mas ninguém “consegue agir e resolver os problemas sozinho”.
É em rede que temos de trabalhar, com técnicos e instituições que estão no terreno, mas se não houver voluntários cristãos que se associem ás redes existentes, o irmão continuará a sofrer e sem respostas que lhe devolvam a dignidade da sua condição humana”.
A responsável pela Pastoral Social na Diocese de Angra, Piedade Lalanda, pediu uma Igreja mais inclusiva.
“Cada comunidade paroquial tem de organizar-se, no sentido da atenção aos pobres, aos excluídos, aos esquecidos e abandonados porque a Igreja tem de ter a porta aberta a todos, em especial a estas pessoas”, sustentou.
A responsável identificou “uma falta de cultura de voluntariado” na sociedade portuguesa e nas comunidades cristãs, em particular.
“Sei quem é Deus, sei quem sou, mas muitas vezes não sei nem consigo identificar o meu próximo”, concluiu.
OC