Congregação dos Sacerdotes do Coração de Jesus registou quatro casos
Lisboa, 16 fev 2023 (Ecclesia) – A província portuguesa dos Sacerdotes do Coração de Jesus (Dehonianos) manifestou “total disponibilidade” para escutar as vítimas de abusos sexuais, nas suas instituições, reconhecendo a existência de quatro casos, na sua história.
“Acolhemos, em espírito de humildade e penitência, esta triste realidade que nos envergonha e que contraria a nossa vida consagrada e a missão que exercemos na Igreja e na sociedade”, refere o padre João Nélio Pereira, superior provincial, em nota divulgada online.
O relatório final da Comissão Independente para o Estudo dos Abusos Sexuais de Crianças na Igreja Católica em Portugal (1950-2022), divulgado esta segunda-feira, identificada casos de abuso sexual de menores, cometidos no âmbito de instituições da província portuguesa dos Dehonianos.
“No caso da nossa Província, estudamos o nosso passado e identificamos dois casos de abuso sexual sobre menores. Posteriormente, a investigação histórica realizada pela Comissão Independente reportou-nos outros dois casos”, precisa o responsável provincial em Portugal.
Como Sacerdotes do Coração de Jesus, manifestamos a nossa solidariedade para com todas as vítimas destes abusos, as que conhecemos e as que desconhecemos, e pedimos perdão pelo facto de estes terem acontecido nas Instituições da nossa Congregação”.
Os Dehonianos assuem a intenção de acompanhar as vítimas e “diligenciar em conformidade com as normas em vigor na sociedade e na Igreja, num esforço de tudo fazer para minimizar o seu sofrimento”.
“Como Província, estamos unidos à Conferência Episcopal Portuguesa e à sociedade no combate a todo o tipo de abuso sexual e, com elas, estamos empenhados em fazer das nossas Instituições lugares seguros para todos, especialmente para os mais vulneráveis”, acrescenta o padre João Nélio Pereira.
Os Sacerdotes do Coração de Jesus disponibilizam um endereço eletrónico para contacto com eventuais vítimas: escutarecuidar@dehonianos.org.
A Conferência Episcopal Portuguesa vai reunir-se a 3 de março, em Assembleia Plenária extraordinária, para debater os dados do relatório e decidir sobre medidas concretas a tomar.
OC
