Religiosos assumem «disponibilidade para ajudar, no que for justo e necessário»
Lisboa, 29 abr 2023 (Ecclesia) – Os Missionários Combonianos assumiram, em comunicado, a disponibilidade da congregação para “ajudar, no que for justo e necessário”, as vítimas de abusos sexuais, pedindo perdão às mesmas.
“Reconhecemos que o abuso sexual deixa na vítima graves sofrimentos que podem durar a vida inteira. Com humildade, pedimos perdão a quem tem vivido esse sofrimento e manifestamos a nossa completa disponibilidade para ajudar, no que for justo e necessário, as vítimas que se manifestem”, indica uma nota dos religiosos, enviada hoje à Agência ECCLESIA.
A lista de alegados abusadores entregue esta quinta-feira, pela Comissão Independente (CI) para o Estudo dos Abusos Sexuais, em Fátima, não fazia qualquer referência aos Missionários Combonianos.
Já o relatório da CI, publicado em fevereiro, mencionava dois casos de alegados abusos que no período em estudo, de 1950 a 2022.
“Sobre o primeiro caso, alegadamente ocorrido na década de 1960, informamos que o abusador regressou ao seu país há mais de 40 anos e, no momento presente, encontra-se numa casa de repouso, com idade muito avançada e em situação de total incapacidade”, refere a nota, acrescentando que a informação sobre este caso foi enviada aos superiores de Roma.
Um segundo caso, que terá acontecido num “ambiente comboniano” na década de 1970, foi cometido por um sacerdote que não foi possível identificar.
“Os Missionários Combonianos agradecem o trabalho feito pela Comissão Independente para o Estudo dos Abusos Sexuais de Crianças na Igreja Católica Portuguesa. O seu relatório publicado no passado dia 13 de fevereiro ajudou-nos a tomar consciência dos limites que tivemos no nosso passado, neste âmbito específico”, aponta o comunicado.
A Comissão de Proteção de Menores e Pessoas Vulneráveis da congregação, em Portugal, pode ser contactada através do endereço cuidar.acolher@combonianos.pt.
“Empenhamo-nos a tudo fazer para que situações destas não voltem a acontecer, continuando a implementar claras medidas de prevenção em todos os nossos ambientes, seguindo o nosso ‘Código de conduta’, e incluindo a prevenção entre os temas de formação abordados nos encontros dos nossos membros e das pessoas que trabalham connosco”, conclui a nota, assinada pelo padre Fernando Domingues, superior provincial.
OC