Igreja/2024: Processo sinodal promove «cultura diferente» nas comunidades católicas – Paulo Rocha

Diretor da Agência ECCLESIA projeta desafios para a Igreja Católica em Portugal, nos próximos meses

Foto: Ricardo Perna

Lisboa, 07 jan 2024 (Ecclesia) – O diretor da Agência ECCLESIA afirmou que o processo sinodal lançado pelo Papa Francisco vai continuar a marcar a vida das comunidades católicas em Portugal, ao longo de 2024.

“Eu acho que este é um caminho sem retorno. Não é problemático o facto de não vermos muitas ações, porque em causa não está o fazer”, indica Paulo Rocha, mas “o processo, é criar uma cultura diferente”.

“O barómetro para tentar perceber em que nível está a sinodalidade há de ser esta avaliação da cultura de participação e de responsabilidade”, acrescente, em entrevista emitida hoje no Programa ECCLESIA, na Antena 1 da rádio pública.

Numa entrevista sobre os desafios que se colocam à Igreja Católica em Portugal, nos próximos meses, o responsável observa que cada comunidade deve “mobilizar-se” para discutir o documento que resultou da primeira sessão da XVI Assembleia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos, em outubro de 2023.

Esta assembleia sinodal vai ter a sua segunda sessão em outubro deste ano, tendo a Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) apresentado orientações para a participação das comunidades.

“Um perigo que se pode correr é chegar à fratura. Não é necessário provocar divisões. Acho que esta dinâmica sinodal implica, sobretudo, dar o meu contributo, mais do que estar a questionar o outro”, refere Paulo Rocha.

O diretor da Agência ECCLESIA aponta, ainda, às intervenções de vários bispos, no início de 2024, relativamente às próximas legislativas, com convites a participar no processo democrático e à reflexão “acerca dos temas que estão em causa”, num ano marcado pelo 50.º aniversário do 25 de Abril.

Outro tema que deve continuar a marcar a atualidade eclesial é o trabalho desenvolvido na área da proteção de menores, perspetivando que “as várias lideranças, as várias dioceses se vão pautando cada vez mais por procedimentos e por normas comuns”.

Em maio, a CEP realiza a visita ‘ad Limina’, ao Papa e às instituições da Santa Sé, levando na bagagem tanto o impacto dos relatórios sobre abusos sexuais como o dinamismo provocado pela preparação e celebração da JMJ Lisboa 2023.

“O grande sucesso, de facto, foi o que cada jovem conseguiu, o impacto que cada jovem conseguiu imprimir na sua presença em Lisboa. Conseguiu fazer, conseguiu provocar”, sustenta Paulo Rocha, esperando que as várias dioceses consigam manter a dinâmica de ir “ao encontro das pessoas”, como novos protagonismos juvenis.

Também em 2024, Braga recebe o Congresso Eucarístico Nacional, de 31 de maio a 2 de junho.

“É um momento em que se provoca a reflexão acerca do que é o centro do dinamismo crente católico, em torno da Eucaristia”, aponta o diretor da Agência ECCLESIA

OC

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Agência ECCLESIA

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