Sacerdote Tom Uzhunnalil esteve 18 meses cativo nas mãos de fundamentalistas islâmicos
Lisboa, 15 dez 2017 (Ecclesia) – O padre salesiano Tom Uzhunnalil , que esteve cativo durante um ano e meio às mãos de um grupo terroristas no Iémen, foi distinguido com o Prémio Internacional Madre Teresa, pela coragem demonstrada perante esses momentos difíceis.
Num comunicado enviado hoje à Agência ECCLESIA, a Fundação Ajuda a Igreja que Sofre realça que o sacerdote foi “feito prisioneiro” depois de um ataque a uma residência para idosos e pessoas portadoras de deficiência a cargo das Irmãs da Caridade, onde prestava serviço.
Nesse mesmo ataque, em março de 2016 e levado a cabo por um grupo fundamentalista islâmico, foram assassinadas quatro pessoas, entre religiosas e voluntários da instituição.
O padre Tom Uzhunnalil só viria a ser libertado em setembro deste ano, altura em que seguiu para Roma e teve oportunidade de se encontrar com o Papa Francisco.
Na entrega do prémio, o sacerdote classificou-se como um missionário que estava no Iémen ao serviço dos “jovens e marginalizados” e agradeceu a todos quantos rezaram por si e pela sua libertação, “hindus, cristãos e muçulmanos” e todos os “que amam a humanidade”
“Existe o bem em cada pessoa e só através do amor e do perdão podemos dar testemunho da paz. Por isso precisamos perdoar os nossos inimigos”, salientou.
O sacerdote agraciado com o Prémio Madre Teresa chegou a conhecer a agora santa de Calcutá em 1983, um encontro que diz ter mudado a sua vida.
“Inspirei-me no seu amor por Deus, na sua humildade e simplicidade e na abordagem muito amigável com as pessoas. Não podemos fazer grandes coisas, mas todos podemos fazer grandes coisas com amor”, apontou o padre Tom Uzhunnalil, citando a própria Madre Teresa.
JCP