Idosos: Bispo de Beja alerta para isolamento e anonimato na sociedade

D. António Vitalino pede aposta das comunidades católicas na proximidade

Beja, 21 Fev (Ecclesia) – O bispo de Beja, D. António Vitalino, comentou os casos de pessoas que morreram nos seus apartamentos ou “desapareceram de cena sem ninguém dar por isso”, alertando para a “solidão e o isolamento” de muitas pessoas.

“As pessoas perderam a sua capacidade de relação, de escuta, de diálogo, de proximidade com o seu semelhante, para se tornarem números, peças facilmente substituíveis por outras na engrenagem social e política”, assinala, na sua nota semanal para a «Radio Pax», enviada hoje à Agência ECCLESIA.

Segundo o prelado “está a surgir uma nova cultura nos países desenvolvidos economicamente”, que fez das pessoas “utentes anónimos, escravas de serviços e funcionários burocráticos”.

“Esta situação não tem futuro”, alerta.

Num apelo direccionado às comunidades católicas, D. António Vitalino pede uma aposta na “proximidade”.

“Precisamos todos de nos converter à proximidade, ou melhor, fazer-nos próximos dos nossos semelhantes, o que implica olhá-lo de igual para igual, olhos nos olhos, sentir as suas alegrias, tristezas e esperanças, conhecer as suas causas profundas, escutá-lo, responder às suas questões ou pelo menos acolhê-las”, escreve.

Para o bispo de Beja, é fundamental estar junto de quem “precisa de companhia”, para que ninguém se encontre “na solidão e na depressão do vazio e da inutilidade”.

OC

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Agência ECCLESIA

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