Humanidade perdeu sentido da eternidade

Bento XVI fala das «questões mais profundas do espírito humano» Bento XVI dedicou a sua catequese de hoje, na audiência geral, à importância de Deus para dar sentido à vida de toda a humanidade e responder às “questões mais profundas do espírito humano”. O Papa frisou que, apesar dos grandes sucessos da técnica e da ciência, essas respostas se encontram “na abertura ao mistério de Deus, que é Amor”. “Só a perspectiva de eternidade pode dar um valor autêntico aos acontecimentos históricos e, sobretudo, ao mistério da fragilidade humana, do sofrimento e da morte”, acrescentou. Nesse sentido, Bento XVI lamentou que, nos nossos dias, haja quem “viva como se nunca tivesse de morrer ou, pelo contrário, como se tudo tivesse de acabar com a morte”, criticando os que se comportam “como se o homem fosse o único artífice do próprio destino, como se Deus não existisse, chegando, às vezes, a negar que exista espaço para Ele no nosso mundo”. Cerca de 4 mil fiéis participaram nesta audiência, em Castel Gandolfo. O discurso do Papa foi centrado na solenidade da Assunção de Nossa Senhora, celebrada no passado 15, uma festa muito vivida pelos cristãos desde os primeiros séculos do Cristianismo. “A Assunção evoca um mistério que interessa cada um de nós porque Maria brilha como sinal de segura esperança e consolação para o povo de Deus que se encontra a caminho”, apontou Bento XVI. Para o Papa, “estamos de tal forma absorvidos pelas vicissitudes de cada dia que, por vezes, nos esquecemos desta consoladora realidade espiritual que constitui uma importante verdade de fé”. Por isso, convidou os presentes a contemplar Maria, através da qual compreendemos que a terra não é a pátria definitiva, pelo que, “embora no meio de mil dificuldades quotidianas, não devemos perder a serenidade e a paz”.

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