Humanidade está a perder «sentido da existência», diz o Papa

Bento XVI alertou esta Segunda-feira para o risco de a humanidade perder o “sentido da existência” por causa de uma “certa cultura contemporânea que põe em dúvida qualquer valor absoluto”. Recebendo no Vaticano a comunidade da Pontifícia Academia Eclesiástica – onde se preparam os padres destinados à actividade diplomática da Santa Sé – o Papa acusou essa corrente cultural de coloca em dúvida “a possibilidade de conhecer a verdade e o bem”. Para Bento XVI, “há que testemunhar a presença de Deus, de um Deus que compreenda o homem e saiba falar ao seu coração”. Para tal, o Papa considera tarefa dos futuros representantes da diplomacia da Santa Sé proclamar com o próprio modo de viver (mais do que com palavras) “o Evangelho do amor, em ambientes por vezes muito distantes da experiência cristã”. “Seja o pão vosso de cada dia a oração, a meditação e a escuta da Palavra de Deus. Se crescer em vós a comunhão com Jesus, se viverdes d’Ele e não só para Ele, irradiareis o seu amor e a sua alegria. Juntamente com a escuta quotidiana da Palavra de Deus, que a Celebração da Eucaristia seja o coração e o centro de cada jornada vossa e de todo o vosso ministério”, disse aos futuros diplomatas da Santa Sé. No seu discruso, o Papa destacou que “a unidade com Jesus o segredo do autêntico sucesso do ministério de qualquer sacerdote”, encorajando-os a aproveitar cuidadosamente este precioso tempo de formação para acumular e consolidar aquelas “competências que não se podem improvisar” e de que terão necessidade no seu “ministério apostólico e diplomático”, serviço que vão desenvolver em circunstâncias concretas não simples, recordou: “Sereis postos em contacto com realidades eclesiais que há que compreender e apoiar; vivereis muitas vezes longe da vossa terra de origem, em países que haveis de aprender a conhecer e a amar; tereis que abordar o mundo da diplomacia bilateral e multilateral, prontos a oferecer não só a vossa experiência diplomática, mas também e sobretudo o vosso testemunho sacerdotal”, indicou. Para além da “necessária e indispensável preparação jurídica, teológica e diplomática”, observou o Papa, “aquilo que mais conta é que disponhais a vossa vida e actividade segundo um amor fiel a Cristo e à Igreja, que suscite em vós uma acolhedora sensibilidade pastoral em relação a todos”. (Com Rádio Vaticano)

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