Coordenação Nacional das Capelanias Hospitalares promove Seminário para recuperar dimensão central da identidade destas instituições A Coordenação Nacional das Capelanias Hospitalares vai promover o II Seminário Nacional Espiritualidade no Hospital, desta feita subordinado ao tema “Hospital, lugar da esperança”. A iniciativa vai decorrer entre 31 de Março e 1 de Abril na Aula Magna do Hospital de São João, no Porto, que a patrocina e insere nas comemorações do seu cinquentenário. O anúncio foi feito à Agência ECCLESIA no Dia Mundial do Doente pelo Pe. José Nuno, Coordenador Nacional das Capelanias Hospitalares, para quem, neste momento em que se levantam tantas dúvidas, é importante “recuperar esta dimensão fundamental da identidade do Hospital, que é ser um lugar de esperança”. Durante este seminário serão promovidos uma série de painéis, com a participação de várias personalidades de destaque no mundo da saúde, como a Alta Comissária, os Bastonários das Ordens dos Médicos e dos Enfermeiros, o presidente da Associação Portuguesa dos Administradores Hospitalares e o antigo ministro Correia de Campos. Da parte da Igreja marcarão presença, entre outros, o presidente da Conferência Episcopal, D. Jorge Ortiga e o presidente da Comissão Episcopal da Pastoral Social, D. Carlos Azevedo, para além de Mons. Feytor Pinto, coordenador da Comissão Nacional da Pastoral da Saúde, e Maria Goretti Silva, coordenadora da Fraternidade Cristã das Pessoas Doentes Crónicas e Deficientes Físicas. Para o Coordenador Nacional das Capelanias Hospitalares, é visível “a importância que a Igreja Católica em Portugal dá a estas questões dos serviços religiosos hospitalares”. O Pe. José Nuno lembra que um Hospital é o lugar onde “convergem esperanças, não apenas dos doentes, mas também de seus familiares e de todos os grupos profissionais”. Um painel irá reunir os directores das Faculdades de Medicina e de Enfermagem do Porto, com os respectivos presidentes das Associações de Estudantes, para “educar para o Hospital como lugar de esperança”. “Isto é algo que nós temos a percepção que não passa na formação que hoje se faz”, indica o Coordenador Nacional das Capelanias Hospitalares. No diálogo sobre a esperança, para além do lugar da assistência espiritual, estará em debate uma perspectiva agnóstica e uma perspectiva crente. O encerramento dos trabalhos será presidido pelo Secretário de Estado da Saúde, Manuel Pizarro. Falando num “tempo de indefinição, em que se aguarda a nova regulamentação sobre a assistência espiritual e religiosa nos hospitais”, o Pe. José Nuno defende que “o específico da nossa missão é fazer todos os possíveis para que o Hospital seja um lugar de esperança para todos aqueles que o constituem”. “Nisto todos estaremos de acordo”, aponta. Para o Coordenador Nacional, a doença “faz-nos sentir como somos pequenos, frágeis e vulneráveis e nessa altura precisamos de redescobrir a esperança como um lugar onde nós moramos”.