Hospitais: Padre Feytor Pinto destaca importância de «chegar e pedir assistência espiritual e religiosa»

Programa ECCLESIA lançou rubrica semanal dedicada à Pastoral da Saúde

Lisboa, 08 out 2014 (Ecclesia) – O Programa ECCLESIA iniciou hoje uma nova rubrica semanal dedicada à Pastoral da Saúde, com uma abordagem à assistência espiritual e religiosa feita nos hospitais e em outros espaços de assistência médica.

Em estúdio esteve o padre Vitor Feytor Pinto, que coordenou aquele setor durante 18 anos, para explicar o que está em causa quando se fala em apoio espiritual e religioso prestado no contexto dos cuidados de saúde.

O sacerdote destacou um setor que “ajuda muito à terapia, à recuperação do doente”, pois contribui para a “harmonia integral” de cada pessoa, que além das vertentes “física e psicológica” engloba também a componente “espiritual”.

No entanto, hoje o enquadramento legal dado à Pastoral da Saúde no meio hospitalar determina que a assistência espiritual e religiosa só possa ser dada quando assim for solicitada.

Face a esta realidade, o padre Vitor Feytor Pinto considera fundamental sensibilizar as paróquias e comunidades católicas para a necessidade das pessoas, ao darem entrada nas unidades de saúde e "preencherem os papéis, dizerem expressamente qual a religião que têm e pedirem a assistência espiritual e religiosa que está instalada em todos os hospitais”.

“Se um cristão chegar e pedir, imediatamente o serviço de assistência espiritual e religiosa será informado para uma assistência continuada e permanente”, sublinha.

No caso de “se tratar de uma pessoa de outra religião, a capelania porá em contacto com os outros sacerdotes, ministros, pastores dessas confissões religiosas”, adianta ainda.

Voltando à definição de “harmonia integral”, que foi deixada pelo Papa João Paulo II, o diretor do Setor de Pastoral da Saúde do Patriarcado de Lisboa considera esta tónica essencial numa sociedade que muitas vezes só olha para a saúde em termos dos seus “limites”.

Destaca depois “a dimensão terapêutica da espiritualidade”, que na sua opinião deveria ser muito mais explorada, a começar pelas “grandes universidades de hoje”.

Participar na missa pode ser por si só uma grande fonte de bem-estar para as pessoas.

“Não é apenas irem à missa, é participarem numa grande assembleia onde encontram imensas pessoas que conhecem, com quem se dão, onde estão crianças, jovens, adultos e idosos, tudo num grande espírito de família (…) Isto dá equilíbrio, isto dá saúde, isto cria relação”, conclui o sacerdote.

PR/JCP

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