VIGÍLIA PASCAL
2018.03.31
1 – Vigília Pascal. A Vigília maior. A noite maior. A noite das grandes maravilhas de Senhor. A noite para a qual estão, desde o início, voltados o cosmos e a humanidade na expectativa da sua plena libertação. Da sua redenção.
2 – É noite da vida. Da liberdade. A noite da verdade e do perdão A noite da luz. A noite ditosa em que o céu se une à terra e em que o homem se encontra com Deus, como cantámos. É o que aqui vivemos, o que queremos viver hoje, aqui. Esta união entre o céu e a terra. A liturgia é isto, um baixar do céu à terra, um elevar da terra ao céu.
Noite que há-de marcar e iluminar a vida, toda a vida do cristão, no seu caminhar para o encontro final e definitivo com Jesus. A sua salvação.
3 – Desde a primeira noite em que O criador arrancou às trevas do nada e trouxe à luz da existência todo o universo, em que pela força do seu Verbo, luz de vida, criou todas as coisas; desde a noite em que o Senhor arrancou às trevas da escravatura, para a luz da liberdade que, ao seu povo, lhe oferecia como o grande dom; desde o princípio que a criação e a história se projetam, na esperança, para a sua plenitude em Jesus Cristo, Verbo de Deus, criador e salvador.
4 – É todo este peregrinar que hoje aqui recordamos. Ouvimos as misteriosas palavras da criação. O alvor da vida. Ouvimos a voz dos profetas com quem O Senhor vinha guiando o seu povo, e por ele a humanidade inteira.
Ouvimos a Palavra final, Jesus no seu Mistério Pascal, em quem Deus se nos revela como um Pai amoroso que eleva a humanidade à participação da sua própria vida divina, e com ela redime todo o universo.
5 – Aqui evocamos todos os santos que morreram na graça do Senhor, e aqui nos queremos unir, em Jesus Cristo a todos os homens por quem se entregou, a todos os homens que aconchega no amor infinito do seu coração redentor.
É todo o universo que hoje converge à volta deste Círio Pascal, luz que ilumina todo o homem que vem a este mundo
Aqui queremos viver esta comunhão universal que em Jesus acontece, entre o céu e a terra.
6 – Aqui renovamos os compromissos do nosso Batismo. Aqui proclamamos solene e publicamente o nosso enxerto em Jesus, e a nossa vontade de, mortos e sepultados, com Ele, levarmos n’Ele e para Ele uma vida nova.
7 – É o fogo novo que nos comprometemos a levar para a nossa vida. O fogo que Jesus trouxe e quer que aqueça e ilumine a humanidade que redimiu.
É o prolongar desta vigília no nosso peregrinar em conjunto para o Pai que aqui, hoje, queremos proclamar.
Que o Senhor Jesus o Ressuscitado, nos ilumine. Nos incendeie. Irradie da nossa vida.
D. António Taipa, administrador diocesano do Porto