Homilia da Missa Crismal de D. António Taipa

O nosso Bispo Eleito, Senhor D. Manuel Linda, não podendo estar pessoalmente a presidir a esta celebração, está, certamente no nosso coração e na nossa esperança.

Temo-lo presente e por ele rezamos ao Senhor.

1 – Vamos proceder, nesta Missa Crismal, à consagração do Óleo do Crisma e à bênção do Óleo dos Catecúmenos e dos Enfermos. Serão levados pelos presbíteros presentes para todas as paróquias e comunidades da diocese. Com eles vai o Bispo que os consagrou e benzeu, vai o Bispo princípio e fundamento da unidade da Igreja local. O Bispo que por eles se fará presente ao Batismo, à Confirmação e à Unção dos Enfermos que se celebrem em toda a diocese.

É esta comunhão e unidade que queremos aqui significar, viver e aprofundar. Do Bispo com o seu presbitério. Unidade que, naturalmente, será vivida e dará corpo a toda a ação pastoral diocesana. Unidade com o povo que servimos.

2 – Vivemo-la, esta celebração, como uma grande festa do sacerdócio. Do sacerdócio que partilhamos Bispo e Presbíteros, o Sacerdócio ministerial.

3 – Somos “ungidos do Senhor” como proclama o profeta e Jesus diz de si mesmo. O mesmo se pode dizer de todo o batizado, sabemo-lo, mas nós somo-lo a título especial. Pela ordenação sacerdotal que confirma e aprofunda a consagração do batismo, Deus que nos chamou a si, passa a possuir-nos duma maneira toda especial.

4 – Aqui, nesta particular pertença ao Senhor, radica uma acrescida exigência de santidade para todo o sacerdote. Uma especial configuração com Cristo em quem atuamos para o bem de toda a Comunidade cristã, também ela constituída em povo sacerdotal, em reino de sacerdotes, chamado a oferecer-se em sacrifício ao Pai pelo bem dos homens por quem entregou o seu Filho.

Por isso o “homem de Deus” que somos, que é cada um de nós, há-de ser também um “homem de oração”, como dizia o Santo Padre São João Paulo II. Homem do silêncio. Da reflexão. Da meditação. Chamado a ler e a ver a história á luz do Jesus que o apaixonou, à luz do Pai, o Senhor, a origem e a meta da vida. Homem que, nessa vida, no mundo das relações dos homens, sabe ouvir a palavra de Deus que permanentemente o interpela. Diferentes, temos de ter e de ser uma palavra sempre nova, de acordo com a novidade do cada tempo.

5 – Diferentes, e por tudo isso, somos chamados a um particular convívio com Jesus. Que precisamos de conhecer bem, sempre melhor. Esse Jesus que está na origem do nosso ser cristão e sacerdotal, esse Jesus que é o grande inspirador da vida. Esse Jesus que arrastou atrás de si novos e velhos, doentes e pecadores, estrangeiros e conacionais. Esse Jesus que precisamos e anunciar com mais entusiasmo e ardor, com novas expressões. Esse Jesus a quem somos conduzidos Maria, para, a partir dele, partirmos para os homens, como nos dizia o nosso saudoso D. António Francisco.

6 – É de facto para nos enviar, que o Pai nos chama, que o Pai nos unge com o seu Espírito. A consagração é para a missão. Diria que é na missão que a consagração acontece. Trata-se da radicalidade da dinâmica da vida. Acreditamos que é um dom de Deus, abraçamo-la como tal. Mas também é dom, a vida. Isto é, acontece quando se dá. Vivo no dom de mim mesmo. Vivo no esquecimento de mim para ir ao encontro do outro. Vivo amando, morrendo para mim para o que é meu. “Saindo de mim” das minhas coisitas, das minhas comodidades que tantas vezes me enleiam e escravizam, para ir à busca de quem precisa de mim, do próximo.

7 – Pobres, livres daquela liberdade que decorre da verdade que encontramos em Jesus Cristo – “a verdade vos fará livres” – , é aos pobres que somos enviados: aos cativos e aos cegos, aos oprimidos e aos esquecidos. A todos esses, tantos e tantas, que estão abertos à palavra de Jesus. Abertos à esperança de um futuro melhor. Que aqui não encontram o conforto, a felicidade o bem-estar que esperam.

Nesta dinâmica da missão são os pobres que se dão, são aos pobres que acolhem, na obediência à palavra da salvação, a Jesus Cristo.

8 – É neste patamar que hoje e aqui, nesta comunhão e fraternidade que o Espírito cria em nós, vamos renovar as nossas promessas sacerdotais. A nossa fidelidade ao Senhor que nos chamou e nos envia, ao ministério que nos confiou, ao povo que nos entregou.

JUBILEUS SACERDOTAIS

Faz 70 anos de Sacerdócio

Cón. António Augusto de Sousa Marques – 27.03

Fazem 60 anos de Sacerdócio

Padre Manuel Pires Bastos – 03.08

Padre Joaquim da Silva Cardoso – 03.08

Padre Joaquim Moreira Fernandes – 03.08

Padre Manuel Moreira Henriques – 03.08

Padre Cândido Augusto Dias dos Santos – 03.08

Padre Reinaldo Fernandes Moreira – 12.10

Fazem 50 anos de Sacerdócio

D. Pio Gonçalo Alves de Sousa – 15.08.1968

Padre João Matias Valente Azevedo – 21.04.1968

Padre José Pires diz (Claretiano) – 29.06.1968

Frei Marcos Vilar OP (Dominicano)

Fazem 25 anos de Sacerdócio

Padre António Manuel dos Santos Martins – 28.02.1993

Padre Júlio de Freitas Pereira (Diocese de Coimbra – Obra da Rua) – 11.07.93

Padre Manuel Lopes Ribeiro (Comboniano) – 12.12.93

Faleceram

D. António Francisco dos Santos – 11.09.2017

D. Manuel da Silva Martins – 24.09.2017

Padre Alberto da Assunção Tavares – 31.05.2017

Padre Joaquim Pereira da Cunha – 26.09.2017

Padre José Múrias de Queiroz – 01.10.2017

Padre Aurélio Martins de Sousa Marques – 04.10.2017

Padre Mons Manuel da Costa Mota – 22.10.2017

Padre Valdemar Alves Pinto – 20.11,2017

Padre José Augusto Monteiro da Costa – 06.12.2017

Padre Joaquim Fernando Teixeira Pacheco – 05.01.2018

Padre Timóteo Pereira – 06.01.2018

Padre António Alves de Sousa (Redentorista) – 19.03.2018

Padre Frei Avelino de Amarante (Carlos Fernando Pereira de Carvalho- Capuchinho) 21.03.2018

 

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