Caminhada no próximo Domingo quer chamar atenção para as etapas do crescimento humano Uma homenagem à vida vai acontecer no próximo Domingo, em Lisboa. A Caminhada pela Vida vai chamar a atenção para as várias etapas o percurso humano: concepção, nascimento, infância, juventude, adolescência, fase adulta e “avós”. Esta é uma forma de evidenciar também o trabalho de várias associações que trabalham no terreno, “desenvolvendo acções que promovem e dignificam a vida”, explica à Agência ECCLESIA Sofia Guedes, da organização da caminhada. Em cada etapa, identificada por cores, “vamos encontrar associações que trabalham especificamente com pessoas pertencentes a essa fase da vida”, e que diariamente “até de uma forma silenciosas e anónima mostram que é possível trabalhar dignificando a vida”, sublinha a responsável. Juntando-se a estas associações, estão os movimentos cívicos que se organizaram para o debate em torno do referendo ao aborto, marcado para 11 de Fevereiro. À medida que a caminhada se vai desenrolando, “as pessoas vão recordando as etapas por onde já passaram e terão oportunidade de experimentar outras que têm pela frente”, realça. Por isso se juntarão “crianças, grávidas, pessoas deficientes, idosos”, acredita Sofia Guedes. O percurso inicia-se na Maternidade Alfredo da Costa, às 14:00 horas, percorre o Saldanha, Avenida Praia da Vitória, Avenida do México, Praça de Londres, Guerra Junqueiro, Almirante Reis e termina na Fonte Luminosa (Alameda). A última etapa do percurso vai contar com vários testemunhos “inclusivamente de estrangeiros que no seu país de origem vêem o aborto legalizado e vão traçar um quadro da situação no seu país de origem”, o hino, “composto em 1998 mas que foi actualizado a 2007 e vai ser cantado por muitos artistas, mandatários das associações pela vida e crianças”. A caminhada será uma amostra do que de facto se faz no terreno, mas “acima de tudo importa mobilizar as pessoas para irem votar, pois a participação no dia 11 é muito importante”, frisa Sofia Guedes. “É impressionante a mobilização, a paixão, a consciência do que está em jogo, a gratuidade, a generosidade que se tem sentido, é espantoso”, sublinha Sofia Guedes, que já em 1998 se tida envolvido nas campanha pelo Não. Sublinha também o cuidado que tem verificado em se “procurar bases sólidas em termos científicos, filosóficos, a nível jurídico”, de forma a enquadrar toda a questão”. Sofia Guedes recorda também as mensagens que todos os dias recebe de vários países com mais informação. “Criou-se uma cultura de vida e uma força que vai continuar presente pós referendo”, afirma. A expectativa para o próximo Domingo é grande. “Contamos com a participação de pessoas de diferentes locais do país, do estrangeiro também”, explica, acrescentando que receberam apoio de 150 associações próvida. Esta caminhada tem uma grande vertente de humanidade, “as pessoas vão perceber porque defendemos a vida e acredito que os sentimentos de esperança e alegria farão os ainda indecisos repensar a sua posição”, finaliza. Mais informações www.caminhadapelavida.org