Lisboa, 27 Jan (Ecclesia) – Com o tema «As Mulheres e o Holocausto: coragem e compaixão» celebra-se hoje, 27 de Janeiro, o Dia Internacional de comemoração para honrar as vítimas do Holocausto.
A data, instituída pela ONU em 2005, é uma homenagem aos seis milhões de judeus e às outras vítimas do extermínio nazi, durante a II Guerra Mundial (1939-1945).
A comemoração lembra, este ano, as histórias de mulheres que durante a Guerra lutaram para manter as tradições familiares e religiosas e enfrentaram a ameaça de morte.
A data escolhida assinala o dia em que as tropas soviéticas, em 1945, libertaram os prisioneiros do campo de concentração e de extermínio de Auschwitz, na Polónia, então ocupada por tropas nazis.
O secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, pede que esta data gere um compromisso comum para “criar um mundo onde tais atrocidades não se repitam”.
Em 2010, precisamente nesta data, Bento XVI deixou um “apelo”, pedindo que a memória do Holocausto faça com que “nunca mais se repitam tais tragédias”.
Auschwitz foi o maior centro de extermínio da Alemanha nazi: 7000 sobreviventes foram libertados a 27 de Janeiro de 1945, mas dias antes, as «SS» tinham evacuado mais de 60 mil prisioneiros, muitos dos quais acabariam por falecer.
Bento XVI visitou Auschwitz no dia 28 de Maio de 2006, tendo ali proferido um dos discursos mais marcantes do seu pontificado.
“Num lugar como este faltam as palavras, no fundo pode permanecer apenas um silêncio aterrorizado, um silêncio que é um grito interior a Deus”, disse, “um grito ao Deus vivo para que jamais permita uma coisa semelhante”.
Em Portugal, no dia 28 de Janeiro de 2010, a Assembleia da República aprovou a Resolução que instituiu o dia 27 de Janeiro como o «Dia de Memória do Holocausto».
Nesse contexto, realiza-se hoje, às 18h30, na Biblioteca da Assembleia da República, uma cerimónia evocativa.
OC