História dos Irmãos Hospitaleiros em exposição

A Exposição “Os Irmãos Hospitaleiros de S. João de Deus e os Hospitais Militares em Portugal, Séculos XVII-XVIII” vai estar patente em Lisboa, na Sede da Ordem Hospitaleira de S. João de Deus, Rua S. Tomás de Aquino, entre os dias 8 e 12 (altura coincidente com o XXVI Capítulo Provincial) sendo depois inaugurada, no dia 15 pelas 21H30, no Museu-Fortaleza de Peniche, onde permanece até ao dia 8 de Julho. A Revolução de 1640 é historicamente reconhecida como a Restauração da monarquia lusitana face à espanhola e trouxe, como consequência directa das acções bélicas entre os dois reinos, uma nova problemática quanto à questão do tratamento dos feridos e aos óbitos que surgiram nas campanhas militares e refregas de fronteira. Foi nesse sentido, que El-Rei de Portugal D. João IV incumbiu os Irmãos Hospitaleiros de S. João de Deus de administrarem os Hospitais Reais Militares durante o período belicista que se instalou na Península Ibérica. Numa primeira fase restringiu-se ao Alentejo, em 1645, a Elvas, a Campo Maior e Olivença, e numa segunda fase, desde 1646, a todas as Praças de fronteira, começando pela Praça de Monção. Os Reais Hospitais Militares, tal como as fortalezas abaluartadas que proliferam pelo reino constituem um dos mais emblemáticos empreendimentos de aparato, pelo que não podemos dissociar a sua localização geográfica e espacial, urbana, arquitectónica e, sem dúvida a artística e cultural. Após o fim das Batalhas da Restauração, em 1668, os Irmãos Hospitaleiros de S. João de Deus continuaram como administradores e enfermeiros dos Reais Hospitais Militares até data extrema de 1834. Os Reais Hospitais Militares são vulgarmente conhecidos como Hospitais Militares de S. João de Deus. Pelo contexto referido Marín Garcia, artista plástico, e Augusto Moutinho Borges, historiador e doutorando em História da Medicina, desenvolveram um projecto artístico-cultural para inventariar e desenhar os Reais Hospitais Militares na fronteira Luso-Espanhola, séculos XVII-XVIII, que foi transposto a papel, método de tinta-da-china e lápis. Esta Exposição já figurou em diversas localidades peninsulares entre 2006 e 2007, com um total de 25 500 visitantes.                       Centro de Estudos S. João de Deus

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