Harry Potter

O lançamento em Portugal, com um curto intervalo de tempo, do sexto livro de Harry Potter e do seu quarto filme foi um acontecimento que não passou despercebido na cena nacional, sobretudo entre leitores e espectadores na adolescência, que têm seguido, ano após ano, as aventuras do pequeno feiticeiro que frequenta a escola de Hogwarts. J.K. Rowling imaginou bem o desenvolvimento dos contos que vai escrevendo, acompanhando o crescimento das personagens à velocidade que o tempo passa sobre as aventuras que narra. No cinema foi mais difícil seguir o sistema, mas Daniel Radcliffe, o actor essencial no papel de Harry Potter, tem mantido o contrato e crescido na vida, física e profissionalmente ao cadenciado ritmo dos episódios que interpreta. Se se mantiver até ao final da adaptação do sétimo volume dará à série uma credibilidade que não foi possível garantir logo de início, dada a possibilidade de acontecimentos imprevisíveis ao longo dos anos. Têm sido muito díspares as opiniões divulgadas sobre os filmes, sobretudo por se passarem num meio em que domina a feitiçaria. Mas os contos infantis ou, neste caso, juvenis, sempre contaram com elementos desta natureza, que contribuem para o desenvolvimento da imaginação, e dado o carácter assumidamente lúdico como se apresentam não envolvem qualquer vertente menos educativa. A dificuldade relevante que se apresenta à autora dos livros e aos produtores dos filmes é conseguir uma renovação de episódio para episódio, mantendo o entusiasmo do seu público alvo. Até à data este objectivo tem sido atingido e, sobretudo o lançamento de cada novo livro, é acontecimento referido em todos os noticiários, com a meia-noite a marcar a venda do primeiro exemplar. Embora tendo já feito outros filmes, poucos, Daniel Radcliffe já diz que ele próprio se confunde com Harry Potter, mas terminada a série terá, certamente, um futuro assegurado na carreira de actor cinematográfico. Francisco Perestrello

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