Lisboa, 08 abr 2015 (Ecclesia) – A Fundação Fé e Cooperação é parceira do Projeto-piloto ‘FIRKIDJA DI SKOLA – Descentralização da gestão de dados de educação’ que vai permitir “definir e alterar políticas” de educação na região de Gabú, Guiné-Bissau, e implementar a nível nacional.
A Fundação Fé e Cooperação (FEC) explica que o Projeto-piloto ‘FIRKIDJA DI SKOLA’, implementado desde março de 2015, nasceu da seguinte pergunta: “Como é que a gestão de dados no setor da educação pode diminuir a pobreza numa região?”
“Em termos práticos, os dados organizados permitem definir e alterar políticas para que a educação seja mesmo um direito para todos. E não apenas para uma minoria nas cidades ou do sexo masculino”, revela a FEC.
No seu sítio online, a estrutura da Conferência Episcopal Portuguesa, informa que o projeto tem como “grande objetivo” ajudar professores e diretores de escolas, “algumas muito isoladas”, a “recolherem dados das matrículas e frequência dos alunos” para chegar ao Ministério da Educação da Guiné-Bissau.
O Projeto FIRKIDJA DI SKOLA – Descentralização da gestão de dados de educação, é uma iniciativa do Governo Regional, da Delegacia Regional de Educação de Gabú (DRE), financiada pela União Europeia e em articulação com o Ministério da Educação da Guiné-Bissau, na qual a fundação católica portuguesa é parceira.
Neste contexto, a FEC informa que trabalha com a Direção Regional de Educação de Gabú desde 2012, mas “é a primeira vez” que juntas pensam localmente num “modelo que pretende ser replicado noutras outras regiões do país”.
“Pequenos passos testados localmente e analisados globalmente podem gerar políticas de melhoria da educação para todos”, observa a FEC sobre o Projeto FIRKIDJA DI SKOLA.
No diagnóstico realizado, verificaram que esta região para além de ser a terceira cidade com mais população da Guiné Bissau “sofria de dois problemas”: “A incidência da pobreza é uma das maiores, rondando os 83,5% numa média nacional de 69,3%; e a maior incidência de alunos fora do sistema.”
A Fundação Fé e Cooperação revela que nesta fase querem apoiar 66.747 alunos, 673 professores de 145 escolas públicas, 83 comunitárias, 22 madrassas e 11 escolas privadas a partir da “recolha, sistematização e gestão de dados”.
CB/OC