Primeira sessão na escola EB2/3 João Meira é já esta sexta-feira
Guimarães, Braga, 05 fev 2015 (Ecclesia) – Um projeto desenvolvido por alunos de Educação Moral e Religiosa Católica, em parceria com uma companhia de teatro e duas instituições particulares de solidariedade social, vai permitir apoiar centenas de famílias em dificuldades da região de Guimarães.
Em entrevista concedida hoje à Agência ECCLESIA, o professor Sérgio Macedo explica que em causa está a realização de um conjunto de espetáculos solidários, que terão como objetivo a recolha de pelo menos “meia tonelada de alimentos” para cerca de “400 famílias” mais carenciadas.
“A companhia oferece os espetáculos, no total serão três sessões, e as pessoas compram o bilhete e no dia trazem consigo no mínimo um quilo de alimentos que depois reverte a favor das pessoas mais necessitadas aqui do concelho”, explica o docente.
Tudo partiu da iniciativa dos estudantes de EMRC do 7.º ano da escola EB2/3 João de Meira, que “no âmbito dos conteúdos da disciplina, propuseram fazer uma recolha solidária para ajudar os mais desfavorecidos, tendo em conta a atual conjuntura económica.
No entanto, frisa o professor, “eles não queriam que fosse o habitual papelinho a ir para casa a pedir para trazerem qualquer coisa”.
Nesse sentido, os mais novos avançaram para uma parceria com a companhia de teatro “Expressão”, que tem levado a cena uma peça sobre a temática da crise, chamada “Solnado”.
Uma comédia que resultou da adaptação de um conjunto de interpretações a solo do ator Raúl Solnado, recordadas agora na forma de um monólogo com cerca de 75 minutos.
O primeiro espetáculo é já esta sexta-feira, a partir das 21h00, na escola EB2/3 João Meira, e “a lotação da sala, cerca de 200 lugares, está praticamente esgotada”.
Cada bilhete custa dois euros e os bens alimentares que forem trazidos irão chegar depois às famílias através de duas organizações solidárias, a instituição “A Fraterna – Centro Comunitário de Solidariedade e Integração Social” de Guimarães; e o Banco Alimentar contra a Fome.
Numa altura em que as pessoas trazem “o semblante carregado, pesado, e não veem oportunidades de futuro”, esta peça pretende também “levar um pouco de esperança” aos espetadores, “alegrar o seu dia”, salientou o professor Sérgio Macedo.
As outras duas sessões de teatro estão marcadas para os dias 20 e 27 de fevereiro, à mesma hora e no mesmo local.
O professor incentiva as populações a participarem nesta campanha, intitulada “Alimentos Solidários por Sorrisos”, porque “hoje em dia não chega só falar, dizer que é a crise, está na hora de passar à ação”.
“E os alunos quiseram dizer precisamente isso, que passando à ação é possível resolver ou pelo menos mitigar parte dos problemas”, conclui.
JCP