A crise financeira é «gerada pelo domínio da ilusão», assegura o presidente do Tribunal de Contas, apelando à mobilização A crise mundial ainda “está no adro” – disse à Agência ECCLESIA Guilherme d’Oliveira Martins, presidente do Tribunal de Contas, à margem do seminário sobre «A Cultura e a Educação» promovido pela Fundação SPES e subordinado ao tema central «Ética e Política». Para ultrapassar esta situação, o Presidente do Tribunal de Contas apela à mobilização “para encontrar soluções”. A “lógica proteccionista” ou “a tentação da fragmentação” são “altamente inconvenientes e negativos”. O trabalho em conjunto é fundamental porque “o cada um por si não leva a lado nenhum” – frisou Guilherme d’Oliveira Martins. Numa reunião realizada no início da semana no Luxemburgo, os membros das entidades responsáveis pela fiscalização das contas públicas nos países da União Europeia decidiram criar, em cada um dos países, um sistema de informação permanente entre os tribunais de contas e o Ministério das Finanças. Guilherme d’Oliveira Martins pede um reforço “dos mecanismos de responsabilidade social” para que “possamos ultrapassar o mais depressa possível esta crise”. A crise financeira é “gerada pelo domínio da ilusão” – lamenta o presidente do Tribunal de Contas. E avança: “pela tentação de viver acima das possibilidades”. O respeito pelas diferenças e as responsabilidades para com os outros são formas “indispensáveis para melhorarmos e avançarmos no sentido de uma maior justiça e igualdade” – finaliza.