O norte do Uganda voltou a conhecer nos últimos dias a violência da guerrilha do Lord’s Resistance Army (LRA). De acordo com a agência internacional das congregações missionárias, Misna, os rebeldes atacaram as populações Acholi, Teso, Kuman e Lango, no distrito setentrional de Lira. Os “olum” (termo com que são conhecidos os guerrilheiros do LRA) mataram mais de 20 pessoas e feriram um número semelhante, de acordo com as informações recolhidas no local. Uma dezena de pessoas foi raptada. O vice-secretário geral da ONU afirmou recentemente que a pior situação humanitária no mundo se encontra no Uganda. Jan Egeland, que tem a seu cargo as questões humanitárias, acusava a opinião pública internacional de dar uma “atenção mínima” a este problema, para o qual a Igreja Católica – incluindo João Paulo II – tem alertado repetidas vezes. A guerra no Uganda causou pelo menos 20.000 vítimas civis, outras tantas crianças sequestradas e perto de um milhão de pessoas deslocadas no Norte, o que representa 2/3 da população local.
