Guarda: «Quaresma é tempo especialmente próprio para nos exercitarmos na leitura da realidade» – D. Manuel Felício

Bispo celebrou missa do IV Domingo da Quaresma, também denominado Domingo da Alegria, na Covilhã

Foto: Diocese da Guarda

Guarda, 12 mar 2024 (Ecclesia) – O bispo da Guarda destacou, na missa do IV Domingo da Quaresma, na Igreja da Santíssima Trindade, na Covilhã, a importância da escuta da palavra de Deus, recomendada neste tempo até à Páscoa.

“Sabemos que o mundo de hoje tem grande dificuldade em distinguir claramente entre o bem e o mal. E quando se confunde o bem com o mal os resultados são sempre trágicos, fazendo sofrer sobretudo os mais pobres e indefesos. A Quaresma é tempo especialmente próprio para nos exercitarmos nesta leitura da realidade que somos nós e o mundo, à luz que nos vem de Deus e da sua Palavra”, afirmou D. Manuel da Rocha Felício, na homilia, enviada à Agência ECCLESIA.

O bispo diocesano lembra as recomendações quaresmais que convidam “a dar mais tempo à escuta da Palavra de Deus”: “Somos, de facto, convidados a escutar, a meditar, a rezar e a aplicar à nossa vida e à vida do mundo as indicações desta Palavra”.

A chamada ‘lectio divina’ é o caminho já muito experimentado, ao longo da história, que em muito pode contribuir para darmos à Palavra de Deus o devido lugar na nossa vida”

Na missa a que presidiu, D. Manuel da Rocha Felício realçou que mesmo “quando não é possível celebrar a Eucaristia, mas apenas se celebra a Liturgia da Palavra, é o mesmo Jesus que aí está presente”.

“Será bom, por isso, que, nas nossas comunidades, para além do tempo destinado à assembleia Dominical, vão surgindo outros espaços e tempos dedicados à escuta e meditação da Palavra de Deus, de onde eventualmente possam surgir sugestões para a elaborar a própria homilia dominical”, defendeu.

Segundo o bispo, a Páscoa “é também a luz e a força do Ressuscitado para os caminhos do mundo novo” que todos precisam e querem ajudar a construir.

“Deus quer esse mundo novo, mas não o quer construir sem a nossa cooperação. Por isso nos acompanha, como acompanhou o Seu Povo”, lembrou D. Manuel da Rocha Felício.

No mesmo dia em que se assinalava a ida às urnas para eleger o próximo governo português, o bispo da Guarda defendeu que “nunca a moda ou as ideologias podem tomar a dianteira em relação ao bem fundamental das pessoas todas e de cada uma delas, na situação concreta em que se encontra”.

“A dignidade de todas e cada uma das pessoas tem de estar sempre à cabeça das opções que forem tomadas”, afirmou.

Nas eleições legislativas de domingo, a Aliança Democrática elegeu 77 deputados para Assembleia da República nas eleições deste domingo, a que se juntam 3 da Região Autónoma da Madeira, o Partido Socialista 76, o Partido Chega 48, a Iniciativa Liberal oito, o Bloco de Esquerda cinco, o Partido Comunista Português quatro, o Livre outros  quatro e o Partido Pessoas-Animais-Natureza um deputado; os quatro mandatos eleitos pela emigração estão ainda por apurar.

Ainda antes dos resultados, o bispo da Guarda considerou que entre “quem governa e os que são governados não se pode interromper nunca a relação e o diálogo sobre os assuntos que interessam a todos”.

“E precisamos de ser criativos quanto a encontrar as melhores formas de manter essa relação, essa auscultação mútua para discernirmos conjuntamente os caminhos mais ajustados a cada situação concreta”, encorajou.

LJ/OC

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Agência ECCLESIA

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