Guarda: «Paz é um bem essencial para as pessoas e para as comunidades»

D. Manuel Felício mobilizou à «misericórdia» na construção de paz como «verdadeiro e integral desenvolvimento»

Guarda, 06 jan 2016 (Ecclesia) – O bispo da Guarda afirmou que a paz é um “bem essencial para as pessoas e para as comunidades” que não acontece por “geração espontânea” mas “exige” o empenho de todos, cidadãos e comunidades.

“São muitos os sinais no mundo atual a dizer-nos que a paz está ameaçada. As bombas que diariamente estão a cair sobre populações indefesas, a série de atentados terroristas que trazem o mundo dito desenvolvido em permanente tensão”, disse D. Manuel Felício, na Solenidade de Santa Maria Mãe de Deus (1 de janeiro), na Catedral da Guarda.

Na homilia enviada hoje à Agência ECCLESIA, o prelado recordou também “conflitos e mortes” que atingem populações anónimas em zonas do mundo “mais ou menos esquecidas” porque “não contam ou contam menos nos interesses dos grandes senhores”.

Neste contexto, o bispo diocesano destacou a mensagem do Papa para o Dia Mundial da Paz que “desafia a vencer a indiferença para conquistar a paz” num mundo com “muitos os problemas” e recordou apenas o “drama” dos refugiados.

“O tom da sua mensagem é de forte apelo a não perder a esperança na capacidade que o homem tem de, com a graça de Deus, superar o mal”, acrescenta.

Segundo D. Manuel Felício está em causa apelar a “toda a humanidade para agir solidariamente” perante as muitas ações de destruição das pessoas e da natureza na superação dos “interesses individualistas, da apatia e indiferença”.

Na primeira homilia do ano, o prelado assinalou que o “contrário da indiferença é a misericórdia”, que é “coração aberto” às necessidades do próximo e “obriga” a parar junto dos sofrimentos do mundo para “os aliviar, junto das feridas dos outros para as tratar”.

Por isso, no âmbito do Jubileu extraordinário da Misericórdia que a Igreja Católica está a viver (até 20 de novembro) sublinha que colaborar na construção de paz como “o verdadeiro e integral desenvolvimento” implica estar com os que “vivem nas chamadas periferias existenciais”, referiu citando o Papa.

No primeiro dia de 2016, o bispo da Guarda assinalou que começar um novo ano é “motivo de esperança ativa” uma vez que cada pessoa, nas famílias e comunidades, formulou votos e propósitos com a “finalidade de juntos fazer progredir a sociedade por caminhos da autêntica humanização”.

CB/OC

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Agência ECCLESIA

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