Tema marcou a peregrinação diocesana ao Santuário de Fátima, apelando também a uma melhor «distribuição dos sacerdotes»
Fátima, 30 ago 2024 (Ecclesia) – O bispo da Guarda afirmou que Portugal tem de “acolher bem” os imigrantes”, pediu “mais eficácia” à Agência para a Integração Migrações e Asilo (AIMA) e a “devida atenção” a este fenómeno na pastoral da Igreja Católica.
“Nós portugueses também precisamos de acolher bem os imigrantes que nos procuram; de outra maneira, não temos pessoal para o cumprimento de serviços básicos”, apontou D. Manuel Felício.
Na homilia da Missa da Peregrinação da Diocese da Guarda ao Santuário de Fátima, o bispo diocesano disse que “pedir mais eficácia” à AIMA e valorizou os “bons exemplos de pessoas e instituições que dedicadamente se empenham na ação meritória da integração de imigrantes”.
“Urge montarmos sistemas operativos de acolhimento que permitam a sua inserção na nossa língua e na nossa cultura, na saúde, nos programas de segurança social para que os migrantes entre nós deixem de ser um peso e passam a ser um ativo no desenvolvimento do nosso país”, acrescentou.
D. Manuel Felício alertou para a necessidade da pastoral da Igreja “dar a devida atenção a este fenómeno da mobilidade entre países e culturas”, lembrando que “de facto não há tanta falta de sacerdotes”, a nível mundial, mas é necessário uma “melhor distribuição”. “A mobilidade também de sacerdotes precisa igualmente de ser complementada com a formação e o acompanhamento necessários à devida integração”, afirmou o bispo da Guarda, valorizando o curso de integração missionária que decorreu em Fátima, no mês de junho.
Dirigindo-se aos participantes na Peregrinação da Diocese da Guarda a Fátima, D. Manuel Felício recordou o primeiro aniversário da Jornada Mundial da Juventude, pedindo que “o entusiasmo e as razões de esperança desta JMJ se cumpram” na pastoral dos jovens, e lembrou a próxima viagem do Papa Francisco, à Ásia, uma deslocação de 13 dias para visitar a Indonésia, Papua Nova Guiné, Timor-Leste e Singapura.
O bispo da Guarda concluiu lembrando o início do Ano Pastoral, que “vai incluir muito do Jubileu Ordinário da Redenção”, em 2025.
PR