Publicação, iniciativa da Fundação Família Luzia Esteves Pinheiro, foi apresentada no dia 6 de setembro
Guarda, 12 set 2024 (Ecclesia) – O livro “Malhada Sorda – Religiosidade e Manifestações de Fé’ apresentado na passada sexta-feira, naquela freguesia, em Almeida, na Guarda, pretende, segundo o coordenador, “valorizar, divulgar e promover o valiosíssimo património cultural religioso” da região.
Ao mesmo tempo, segundo José Calado, a obra tem como objetivo ser um “veículo transmissor de conhecimento para garantir a preservação, conservação e manutenção da identidade e da memória coletiva do povo malhadense”, informa a Diocese da Guarda.
A igreja paroquial de Malhada Sorda recebeu a apresentação do livro, uma iniciativa da Fundação Família Luzia Esteves Pinheiro, que tem a colaboração de Joana Pereira, José Inverno e Sofia Marques.
Maria da Conceição Raposo, presidente do Conselho de Administração desta fundação e responsável pela edição, destaca que a publicação “tem muita coisa, mas há muito mais para contar sobre a Malhada Sorda”.
“Com esta obra pretendemos resgatar memórias que foram registadas ao som de uma saudade e de um amor intrínsecos ao padre José Júlio Esteves Pinheiro”, escreve no preâmbulo do livro.
Segundo a responsável, com esta pesquisa o sacerdote “honrou os seus, honrou esta terra, honrou as raízes, e honrou udo o que nos une ao passado e sentimos no presente”.
A obra está dividida em duas partes, sendo que a primeira é dedicada ao património cultural religioso de Malhada Sorda, com a divulgação das práticas, tradições, expressões e manifestações ligadas ao culto, à religiosidade, à espiritualidade, e à devoção.
Já a segunda centra-se no Turismo Religioso, em que a publicação procura, através da organização e sugestão de um roteiro temático, contribuir para a diferenciação da experiência turístico-cultural para aumentar os índices de fruição e de usufruto dos espaços visitáveis.
O ex-primeiro-ministro e economista Pedro Passos Coelho foi o responsável por escrever o prefácio da obra, realçando o “gesto nobre e altruísta” da Fundação que, “à imagem do seu patrono, o saudoso Padre José Júlio Esteves Pinheiro, quer contribuir para a valorização, partilha e divulgação de conhecimento e, acima de tudo, para a transmissão e preservação da memória de um povo e de uma comunidade de Riba Côa”.
A Diocese da Guarda informa que no dia da apresentação do livro também teve lugar o lançamento do primeiro marco, referente à Igreja Paroquial ou Igreja de São Miguel, para a implementação de um roteiro turístico religioso de Malhada Sorda, que contempla 18 lugares.
A presidente do Conselho de Administração da Fundação Família Luzia Esteves Pinheiro manifestou esperança de que, a médio prazo, “estejam completamente assinaladas todos os lugares do roteiro”.
“Que tenhamos o nosso centro interpretativo e seja um ponto de referência da região”, desejou.
A Fundação Família Luzia Esteves Pinheiro foi criada a 11 de dezembro de 2020, pelas irmãs Beatriz Luzia Esteves Pinheiro e Maria Lídia Luzia Pinheiro Gata Limão, com o objeto de preservação do património histórico, artístico e/ou cultural, deixada pelo irmão, padre José Júlio Esteves Pinheiro.
A instituição “é detentora de um valioso acervo documental, composto por milhares de obras da família que foram alvo de um rigoroso processo de inventariação, conservação e restauro”, lê-se na página da fundação.
LJ/OC